Terça-feira, 12 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de junho de 2024
Entre 1961 e o fim da União Soviética no início da década de 1990, existia uma aliança militar entre os dois países. A parceria chegou ao fim com a dissolução do bloco soviético.
Nos primeiros 23 anos do governo de Vladimir Putin, que começou em 2000, a Rússia estava alinhada com o Ocidente na questão norte-coreana. Moscou não reconhecia o status de potência nuclear de Pyongyang e aderiu às sanções impostas a partir de 2006 contra o programa de mísseis balísticos norte-coreano.
No entanto, a invasão da Ucrânia e a necessidade crescente de obter munição e mísseis levaram Putin a mudar sua posição. Ele agora aprova as atitudes da Coreia do Norte.
Ao afirmar que a Rússia reconhece o direito de Pyongyang de fortalecer sua capacidade de autodefesa e segurança, Putin está implicitamente aceitando o status de potência nuclear da Coreia do Norte e o desenvolvimento de seu programa de mísseis, afirma Lourival.
Além disso, a Rússia parece estar ajudando a Coreia do Norte.
Em dezembro, Pyongyang conseguiu lançar seu primeiro satélite militar espião após uma visita de Kim Jong-un a Moscou em setembro.
Por sua vez, a Coreia do Sul calcula que cinco milhões de balas de artilharia foram enviadas pela Coreia do Norte à Rússia, e a Ucrânia afirma ter encontrado pelo menos dez mísseis balísticos norte-coreanos disparados pelas forças russas.
ONU
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul, disse ser “deplorável” que a Rússia, um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, forneça assistência militar à Coreia do Norte.
Ele destacou que esse movimento é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança.
A Coreia do Norte e a Rússia concordaram em fornecer assistência militar imediata caso qualquer uma delas enfrente uma agressão armada. O pacto foi assinado durante visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Pyongyang.
“Qualquer assistência ou cooperação direta ou indireta que melhore a capacidade militar da Coreia do Norte é uma violação clara das múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, advertiu Cho a repórteres na ONU.
“É de fato deplorável que um membro permanente deste conselho, que concordou com a adoção destas resoluções, esteja agora agindo para violar das resoluções e ao assinar este acordo”, adicionou.