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Municípios gaúchos em situação de emergência ou calamidade receberão quase 50 mil kits de alimentos

Iniciativa conta com o engajamento de diversas instituições gaúchas. (Foto: Celso Bender/AL-RS)

A partir do mês que vem, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes) do Rio Grande do Sul entregará 48 mil kits de alimentos a 192 municípios com decreto de situação de emergência ou calamidade pública e que aderiram a edital publicado pelo governo gaúcho no final de janeiro. A iniciativa é voltada a famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.

Os critérios levam em conta a base de dados do Cadastro Único (CadÚnico), indígenas e quilombolas, mesmo que beneficiários do programa federal Bolsa Família. Todos os itens da lista foram adquiridos de cooperativas de produtores da agricultura familiar, com recursos do movimento “Rio Grande Contra a Fome”.

A logística de entrega é regionalizada, a cargo da Secretaria, por meio do Departamento de Segurança Alimentar e Combate à Fome (DSA), em articulação com as prefeituras das cidades contempladas. Estas serão responsáveis pela retirada dos kits nos locais indicados pelo órgão estadual.

Além disso, devem identificar as famílias em situação de insegurança alimentar, organizar a entrega dos kits no prazo de até 30 dias corridos após a retirada das unidades e coletar os termos de recebimento dos beneficiários.

Dentre os 192 municípios abrangidos, sete ainda aguardam homologação do decreto de situação de emergência ou de calamidade pública pela Defesa Civil do Estado. Caso não seja dado o sinal-verde, poderá ser alterado o número de cidades atendidas e o total de kits. A lista pode ser conferida em social.rs.gov.br.

Cada kit de alimentos contem 1 quilo de açúcar-mascavo, 5 quilos de arroz polido orgânico, 5 quilos de arroz integral orgânico, meio-quilo de biscoito colonial, 2 quilos de farinha de milho, 2 quilos de farinha de trigo, 3 quilos de feijão, 2 quilos de leite em pó e 1 quilo de macarrão.

“Os kits serão um auxílio à população mais necessitada de municípios que foram fortemente afetados pelos eventos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos meses”, ressalta o titular da Sedes, Beto Fantinel. “Isso é fruto de muito trabalho, parceria e diálogo na construção de uma política pública com essa finalidade”, acrescentou.

“Rio Grande Contra a Fome”

Deflagrado em junho de 2022, o movimento “Rio Grande Contra a Fome” consiste em uma ação coletiva de enfrentamento à insegurança alimentar e nutricional no Estado. A iniciativa é viabilizada pelo envolvimento de diversas instituições gaúchas.

Assembleia Legislativa, governo do Estado, Defesa Civil, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado, além de instituições e entidades gaúchas que atuam como parceiras.

(Marcello Campos)

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