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Musa da Copa, modelo croata é banida de estádios por autoridades do Catar

A modelo croata se tornou o centro das atenções na Copa do Mundo no Catar pelos looks ousados escolhidos para torcer pelo seu país. (Foto: Reprodução)

Considerada a musa da Copa do Mundo até aqui, a modelo croata Ivana Knoll foi banida dos estádios do país acusada de “atentar contra os costumes locais”. A punição começou na terça-feira (13), quando a Croácia enfrentou a Argentina pelas semifinais da competição.

Segundo o jornal português O Jogo, ela já teria sido retirada da última partida da seleção do seu país no mundial, nas quartas de final, na partida em que a Croácia eliminou o Brasil nos pênaltis após empate em 1 a 1 na prorrogação.

A modelo croata se tornou o centro das atenções na Copa do Mundo no Catar pelos looks ousados escolhidos para torcer pelo seu país nos estádios. Após a classificação da Croácia sobre os brasileiros, a musa foi ao seu Instagram e fez a dança do Pombo, característica do centroavante brasileiro Richarlison, e escreveu na legenda: “A volta do pombo indo para a casa”.

Aos 30 anos, Ivana Knooll, que já desfilou sua beleza em outras Copas, como a do Brasil em 2014, acabou se tornando uma candidata a musa da competição depois de ganhar as manchetes internacionais.

A modelo virou tema de reportagens em vários veículos, virando notícia nos tabloides britânicos “Daily Mirror” e “Te sun”, no site da CNN e em outros portais de esportes pelo mundo. Todos destacando, principalmente, sua ousadia ao fazer ensaios de biquíni e desafiando costumes no Catar.

Ao mesmo tempo, a musa croata, que vive atualmente em Miami, nos Estados Unidos, vê seu número de seguidores aumentar a cada dia. Já foram mais de 1,9 milhão a mais desde o início da Copa, muito perto agora da marca de 2,5 milhões.

Mulheres no Catar

Neste país de maioria muçulmana, o Wahhabismo Sunita é o fundamentalismo mais representativo. As mulheres continuam sujeitas ao sistema de tutela masculina, pelo que devem pedir autorização aos seus tutores (pai, marido, irmão, etc.) para decisões importantes, como: casar, viajar e estudar no exterior (até 25 anos), trabalhar em empregos públicos, entre outros, segundo a Anistia Internacional.

Esse sistema de tutela masculina entra em conflito com a constituição do Catar, observa a Human Rights Watch, mas continua a dominar as relações conjugais no país.

Rothna Begum, pesquisadora dos direitos das mulheres da Human Rights Watch, disse em um relatório recente que “a tutela masculina reforça o poder e o controle dos homens sobre a vida e as escolhas das mulheres e pode encorajar ou fomentar a violência pela família ou por seus maridos”.

As mulheres casadas devem obedecer a seus maridos e não podem se recusar a fazer sexo, exceto por razões “legítimas”, de acordo com a lei do Catar.

Além disso, é muito difícil para as mulheres se divorciarem e ainda mais difícil obter a guarda dos filhos após o divórcio.

Ao herdar, as filhas recebem metade do que os filhos recebem. Além disso, apenas os homens do Catar podem passar automaticamente a cidadania para seus filhos, e as mulheres do Catar que se casam com estrangeiros devem solicitar a cidadania, com inúmeras restrições.

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