Sexta-feira, 18 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2020
A estátua simboliza, para muitos, o colonialismo e a discriminação racial
Foto: Reprodução/GoogleO Museu de História Natural de Nova York anunciou que vai retirar a estátua do ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt da entrada principal da instituição.
O museu informou que fez o pedido ao prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e que este aceitou em meio às manifestações nacionais contra o racismo e a brutalidade policial após a morte do negro George Floyd por um policial branco em 25 de maio, em Minneapolis.
Theodore Roosevelt, que foi presidente dos Estados Unidos de 1901 a 1909, é considerado um dos primeiros conservacionistas e naturalistas americanos. A sua estátua de bronze, que desde a inauguração do museu, em 1940, o apresenta poderoso, a cavalo, ao lado de um negro e um indígena a pé, simboliza, para muitos, o colonialismo e a discriminação racial.
“Enquanto nos esforçamos para avançar na busca apaixonada de nossa instituição, nossa cidade e nosso país por justiça racial, acreditamos que a remoção da estátua será um símbolo de progresso e de nosso compromisso para construir e sustentar uma comunidade do museu inclusiva e equitativa e uma sociedade mais aberta”, afirmou Ellen Futter, presidente do museu, em um comunicado.
“O Museu Americano de História Natural pediu para remover a estátua de Theodore Roosevelt porque apresenta explicitamente negros e indígenas como subjugados e racialmente inferiores. A cidade apoia a solicitação do museu”, disse De Blasio. “É a decisão correta e o momento correto para remover esta estátua problemática”, completou o prefeito.
O bisneto de Roosevelt, Theodore Roosevelt IV, administrador do museu, concordou com a decisão. “O mundo não precisa de estátuas, relíquias de outro época, que não refletem os valores da pessoa que desejam homenagear nem os valores de igualdade e justiça”, afirmou.
Manifestantes que protestam contra o racismo nos Estados Unidos atacaram estátuas de várias figuras históricas, incluindo o navegador italiano Cristóvão Colombo, apresentado por séculos como o “descobridor da América”, mas agora considerado por muitos como um dos responsáveis pelo genocídio indígena nos EUA.