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Museu de Piratini se prepara para receber coleção farroupilha

Na coleção de quase mil peças, constam armamentos usados durante a Guerra dos Farrapos. (Foto: Rafael Varela/Ascom Sedac)

Durante o mês de janeiro, o Museu Histórico Farroupilha, no município de Piratini, estará fechado para visitação do público. A instituição, vinculada à Sedac (Secretaria da Cultura), receberá melhorias no espaço para acomodar a coleção Tchê Voni Farrapo, que resgata fragmentos históricos da Revolução Farroupilha (1835-1845).

Reunida por Volnir Júnior dos Santos, conhecido nas redes sociais como Tchê Voni, o acervo é fruto de mais de 20 anos de colecionismo e do amor de seu criador pela história do Rio Grande do Sul. O empenho resultou em uma coleção de quase mil peças, entre livros, espadas, balas de canhão, documentos, moedas e itens comemorativos do período farroupilha.

A diretora do museu, Francieli Domingues, comenta sobre a importância das reformas. “Queremos ofertar ao acervo toda a segurança e comodidade ao ser exposto, bem como proporcionar ao visitante uma experiência única ao viajar no tempo por meio dessa exposição. É parte da República Rio-Grandense que está voltando para casa”, avalia.

A Sedac tem se empenhado no desenvolvimento de ações de qualificação de seus museus, no sentido de possibilitar um melhor aproveitamento, por parte da sociedade, de suas estruturas. “No caso do Museu Histórico Farroupilha, viabilizamos a execução de novo mobiliário expositivo, mobiliamos duas novas reservas técnicas para receber o novo acervo doado por Tchê Voni, revisamos e melhoramos a rede elétrica e a iluminação e instalamos cortinas de proteção aos raios solares nas áreas expositivas. Todas essas ações foram executadas com recursos de emenda parlamentar [do deputado estadual Luiz Henrique Viana] e do Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, do Ministério Público Estadual”, explica o assessor especial de Memória e Patrimônio da Sedac, Eduardo Hahn.

Em 2019, em um sonho, Volnir teve a ideia de levar o acervo para Piratini. Pelas redes sociais, manifestou o interesse de transformar o Museu Farroupilha na casa definitiva da coleção. O documento de doação foi assinado em cartório em 11 de setembro, mesma data de proclamação da República Rio-Grandense, em 1836.

Ainda em 2019, a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, e Francieli viajaram até Natal, no Rio Grande do Norte, onde mora Volnir. Lá, puderam conhecer os 29 volumes que acondicionavam a coleção. O acervo chegou a Porto Alegre por meio da FAB (Força Aérea Brasileira) e do Exército. Para isso, contou com a intermediação do deputado federal Ronaldo Santini, que viabilizou o transporte.

A coleção foi catalogada e, agora, espera as adequações no Museu Histórico Farroupilha para a viagem final.

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