Sexta-feira, 14 de março de 2025
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2020
Sérgio Ricardo fez carreira ao lado de grandes nomes da música brasileira
Foto: DivulgaçãoMorreu, na manhã desta quinta-feira (23), aos 88 anos, o cantor e compositor Sérgio Ricardo, que atuou em movimentos que redefiniram a cultura brasileira, como a bossa nova e o cinema novo.
Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, desde abril, quando contraiu a Covid-19, e teve uma insuficiência cardíaca nesta quinta. A filha do músico, Adriana Lutfi, disse que ele tinha se curado do novo coronavírus, mas precisou permanecer no hospital.
Sérgio Ricardo fez carreira ao lado de grandes nomes da música brasileira, tendo ficado conhecido pela participação em festivais de música. Ele também dirigiu e atuou no cinema e na TV, além de ter feito trilhas sonoras.
Nascido em 18 de junho de 1932 em Marília, interior de São Paulo, e batizado como João Lufti, Sérgio Ricardo começou a estudar música aos 8 anos de idade.
Mudou-se em 1950 para o Rio de Janeiro, onde iniciou a carreira profissional como pianista em casas noturnas. Foi nessa época que conheceu Tom Jobim e, pouco depois, começou a compor e cantar.
Em 1960, gravou o LP “A bossa romântica de Sérgio Ricardo”, com destaque para a canção “Pernas”. Fez sucesso também com músicas como “Zelão”, “Beto bom de bola” e “Ponto de partida”.
Em 1962, participou do histórico Festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall de Nova York (EUA), ao lado de Carlos Lyra, Tom Jobim, Roberto Menescal e João Gilberto, entre outros.
No Terceiro Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record de São Paulo, em 1967, quebrou seu violão e jogou na plateia após ser vaiado pelo público, em uma cena que entrou pra história da década e é mostrada no documentário “Uma noite em 67” (2010).