Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2024
A ONG Bonanza uniu várias frentes para reconstruir os espaços de aprendizagem impactados.
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência BrasilOs impactos da enchente de maio, a maior da história recente do Rio Grande do Sul, estão longe de terminarem. Além de residências e negócios atingidos, centenas de instituições de ensino também sofreram danos severos com a força das águas. Apenas na rede estadual de ensino, mais de 1 mil instituições tiveram a sua estrutura danificada pelas cheias nos mais diversos pontos do Estado.
Com o intuito de agilizar o processo de recuperação e melhorias das escolas, a ONG Bonanza uniu várias frentes para reconstruir os espaços de aprendizagem impactados. Para receber a ajuda, os diretores escolares ou responsáveis pelas escolas devem preencher um formulário com informações relativas às necessidades locais. A partir dos dados coletados, a Bonanza e os parceiros irão mapear as necessidades e, então, conectar as escolas com as soluções. Entre elas, a distribuição de recursos de maneira mais ágil e eficaz.
Como parceiros desse projeto estão o Pacto Alegre, o Pacto pela Educação, o SEBRAE, o Instituto Cultural Floresta, o Instituto Vakinha e o Instituto Mari Johanpeter.
“A tempestade deixou marcas profundas em toda a sociedade. Seguimos unindo forças para reconstruir o nosso Estado. Nesse momento, nosso foco está voltado para as escolas!”, explica Caroline Vanzellotti, cofundadora da Bonanza.
O cadastro deve ser feito por meio do site www.encurtador.com.br/wunck. Os dados serão compilados e a equipe de voluntários da Bonanza fará contato para planejar e implementar os reparos necessários.
O Rio Grande do Sul contabiliza 2.338 escolas públicas estaduais, com mais de 741 mil estudantes matriculados este ano. As unidades que foram danificadas têm problemas de acesso ou estão servindo de abrigo emergencial a moradores que foram forçados a deixar as próprias casas por causa das inundações. De acordo com os dados do governo estadual, 138 bibliotecas escolares também foram inundadas no Rio Grande do Sul e perderam seus acervos, assim como salas de educação especial que tiveram equipamentos estragados.
Sobre a Bonanza
A Bonanza nasceu nas primeiras horas após a enchente. Um grupo de voluntários se reuniu no Tecnopuc com o intuito de organizar as necessidades dos abrigos. Hoje, a ONG funciona como uma ponte entre quem precisa e quem pode ajudar. Por meio da tecnologia, a iniciativa facilita doações, horas de voluntariado, prestação de serviços, limpeza, transporte, reconstrução e, até mesmo, a busca por empregos. “Nosso trabalho é captar demandas e distribuir ofertas, para garantir que a vida continue depois da tempestade”, relata Vanzellotti.
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