Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 6 de dezembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O próximo adversário do Brasil da Copa do Mundo será a Croácia, país de controvertido histórico nazista e de práticas de racismo que não poupa os brasileiros. São comuns por lá referências preconceituosas a brasileiros, que eles comparam a macacos. Turista brasileiro mal acreditou e fotografou uma camisa exposta à venda como souvenir em uma loja, na cidade de Split, na margem oriental do Mar Adriático, com o insulto frequente de croatas a brasileiros, caracterizados como macacos.
Como chimpanzés
Na camisa aparece um chimpanzé pedalando um velocípede, vestindo camisa da Seleção Brasileira e usando um gorro com a inscrição “Brazil”.
Cacoete nazista
São comuns manifestações nacionalistas radicais que lutam por uma Croácia “pura”, católica, livre de sérvios, de ciganos e, claro, de judeus.
Hino à intolerância
Na Copa da Rússia, após vencer a Argentina, o zagueiro croata Dejan Lovren, hoje no Zenit, cantou “Bojna Cavoglave”, que cita frase nazista.
Supremacia branca
A música é da banda de heavy metal croata Thompson, que usa uma frase da Ustaše (fascistas croatas), de pregação da supremacia branca.
PSDB quase desaparece na gestão de Bruno Araújo
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, passa no próximo ano o comando da sigla para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com números sofríveis e um diagnóstico: o partido encolheu, quase sumiu. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, o PSDB perdeu mais da metade dos parlamentares, passou de 29 (eleitos em 2018) para 13 deputados eleitos em outubro passado. Bem distante dos 54 deputados de 2014.
Holofote
Eduardo Leite assume o PSDB para ganhar mais visibilidade e viabilizar o nome para disputar a Presidência da República em 2026.
Fica pior
O PSDB não elegeu nenhum senador em 2022. Com a saída de José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), a bancada encolhe ainda mais.
Ovos de ouro
Também na gestão de Bruno Araújo o partido rachou, ficou sem opção para o Planalto e perdeu o governo de São Paulo, tucano desde 1994.
Brilho próprio
Os tucanos só não perderam em número de governadores, mantém três, em razão do brilho próprio de Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS), além de Raquel Lyra, que varreu o PSB do governo de Pernambuco.
Lotação
Pelas contas do presidente do Partido Verde, José Luiz Penna, a já numerosa equipe de transição do presidente eleito Lula tem cerca de 1.000 pessoas entre composição e interessados.
Haverá posse
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) afirmou ontem (5) que o resultado da eleição foi “fortemente impactado” pelo TSE, que proferiu decisões ilegais. Mas garante que Lula (PT) tomará posse.
Cargos definidos
Nas reuniões que Lula têm feito com aliados, o presidente eleito tenta acalmar o apetite por cargos na Esplanada. Diz o petista que os ministérios estão quase todos definidos “já tenho 80% na cabeça”.
Legislativo censurado
Os deputados federais Bia Kicis e Cabo Junio Amaral tiveram suas redes sociais bloqueadas por decisão judicial. Somam-se a Nikolas Ferreira, Daniel Silveira, Carla Zambelli, Major Victor Hugo e Coronel Tadeu.
Dez viram vinte…
Segundo o deputado federal reeleito Marcel van Hattem (Novo-RS), já são dez os parlamentares (em exercício do mandato ou eleito) que tiveram contas nas redes sociais barradas por decisão do STF.
Alvo certo
A decisão de suspender cinco contas do Twitter de deputados atingiu apenas parlamentares (atuais e eleitos) do PL do presidente Bolsonaro, como sempre. Bia Kicis chamou isso de “atentado à democracia”.
Recorde
O Pix caiu mesmo no gosto popular e bateu um novo recorde: foram quase 100 milhões (exatas) 99,4 milhões de transações em um único dia. O motivo do boom foi o pagamento do 13º salário.
Pensando bem…
…melhor fazer eleição para o STF e acabar com o desentendimento.
PODER SEM PUDOR
Candidato sem-vergonha
Nelson Jobim, quando era político no Rio Grande do Sul, foi em 1988 a comício do candidato do PMDB à prefeitura de Tupanciretã. Na região, os candidatos visitavam os palanques dos adversários, dando um tom civilizado às campanhas. Naquele comício, Jobim percebeu a presença no palanque dr. Marcel, candidato do PDS local, e resolveu refletir sobre aquele gesto: “Por que será que o dr. Marcel está no nosso comício?…”
Fez-se silêncio. Sempre com ar reflexivo, repetiu: “Por que será que o dr. Marcel está no nosso comício?…” Quando se preparava para oferecer resposta à própria pergunta, ouviu a definição de um bêbado: “Ora, porque é sem-vergonha, tchê!”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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