Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2016
Joe Hollier, radicado em Nova York, nos Estados Unidos, e seu sócio, Kawei Tang, criaram um celular subversivo que será lançado na metade deste ano – revolucionário não por todos os seus recursos avançados, mas pela completa falta deles. O Light Phone permite que você faça e receba ligações, mas nada mais.
A capacidade de memória do aparelho basta para apenas dez números. Nada de serviço de mensagens, de câmera, de internet. O design é importante: não poderia ser mais simples, com um revestimento de plástico branco e do tamanho de um cartão de crédito, na qual os números brilham em uma tela matricial. E tem uma bateria com 20 dias de duração.
Em um mercado no qual até mesmo os smartphones mais baratos têm o poder de processamento de um computador pessoal básico, o Light Phone é em parte um protesto contra a era digital. Mas Hollier espera que ele possa se tornar mais que isso: uma maneira de os usuários evitarem distrações.
O criador afirma que o aparelho encontrou seu perfil junto aos usuários de negócios com mais de 45 anos de idade, que gostavam da época anterior à distração constante causada pelos smartphones. “Eles se lembram de que é importante sentar em um banco de praça e só pensar.” Porém, Hollier admite que a maioria das pessoas vai querer também um smartphone, que pode ser conectado ao Light Phone para transferir chamadas.
Como segundo aparelho, ele aponta, o Light Phone seria útil para emergências ou para uso durante exercícios ou ao sair para uma noitada. Ao tentar criar um aparelho cujo propósito é ser usado o menos possível, Hollier e seu sócio podem ter tropeçado em algo que vai acabar sendo muito usado. (Folhapress)