Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2024
Jantar na Casa da Rede Pampa na Expointer reuniu imprensa e lideranças do setor do transporte e do comércio gaúcho.
Foto: Thales Silva/Especial O SulO presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Sérgio Mário Gabardo, esteve presente na Casa da Rede Pampa, na Expointer, para um jantar com lideranças do transporte e do comércio gaúcho, neste sábado (31). Mesmo dentro dos portões do Parque de Exposições Assis Brasil, onde a atmosfera é de positividade, o presidente da entidade revelou insatisfação com o esquecimento sofrido pelo setor no pós-enchente.
Gabardo descreveu as perdas significativas sofridas pelo setor do transporte de cargas durante as enchentes, que se somaram a um momento difícil atravessado na pandemia. O setor ainda abriu suas sedes e atuou gratuitamente no transporte de donativos, participando do gabinete de crise durante 20 dias. Mas, mesmo com o apoio dado, não houve espaço para o diálogo quando a tragédia passou, segundo o presidente do sindicato.
“Nós estamos tentando aprender a sobreviver a uma catástrofe. E a gente vê só obstáculos pela frente. Porque nós não recebemos absolutamente nada do governo. Ou seja, nós precisávamos ser ouvidos e ter, ao menos, um diálogo com o governo do Estado, com o governo federal, com o governo municipal”, comentou Gabardo.
A expectativa do Setcergs era de que, passado os dias mais difíceis da tragédia, algum alívio fosse oferecido ao setor. “A gente sabe que o governo não tem condições de ficar dando, mas ao menos poderiam nos ouvir. São várias situações que a gente esperou que o governo olhasse para nós, que ele liberasse alguma coisa, aliviasse algum tributo, mas foi só promessa. Mas a luta continua e a gente espera ainda construir alguma coisa junto ao governo”, almeja.
Colaboração frustrada
O presidente da entidade de Transportes de Carga e Logística do Estado relatou ainda uma tentativa de parceria com o governo estadual que acabou não dando certo. Segundo Gabardo, uma marca de caminhões ofereceu formar 30 caminhoneiras em parceria com o governo, mas quem acabou tendo que arcar com a emissão das carteiras foi o Setcergs. “O Detran prometeu as carteiras de motorista e não entregou. O Setcergs teve que pagar”, relata com indignação o líder da entidade.
Mesmo diante de um cenário pouco animador, o presidente do Setcergs confia na força do povo gaúcho para reverter o momento adverso. “Nós estamos tentando nos reconstruir dentro das forças que nós temos. Existe uma força que a gente conhece, que só o gaúcho tem, de coragem para começar tudo de novo”, conclui.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul foi fundado em 1959 e é o órgão de representação sindical patronal do transporte rodoviário de cargas com base territorial na maior parte do Estado do Rio Grande do Sul.