Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2015
O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, não participará da reunião extraordinária da Fifa (entidade máxima do futebol) na próxima semana. O dirigente decidiu ficar no Brasil e já enviou um documento aos cartolas da Fifa justificando a sua ausência.
Integrante do comitê executivo da entidade mundial, Del Nero era aguardado na reunião que deverá decidir a sucessão de Joseph Blatter. A nova eleição deve acontecer entre dezembro deste ano e março de 2016.
O dirigente suíço renunciou à presidência da Fifa em meio ao maior escândalo da história do futebol mundial. Em maio, o ex-presidente da CBF José Maria Marin, 83 anos, e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos.
Os cartolas são investigados pela Justiça norte-americana em um suposto esquema de corrupção. Um dia depois das prisões, Del Nero deixou a Suíça com destino ao Brasil, e não participou do pleito que reelegeu Blatter. O presidente da CBF tinha pressa em tentar desarticular a CPI do Futebol, instalada na última terça-feira pelo Senado e que o tem como seu principal alvo.
Copa América
Assim como outros dirigentes que estão na mira da Justiça dos EUA, Del Nero optou por ficar no Brasil desde então, de onde dificilmente seria deportado. Por isso, por exemplo, ele não acompanhou ao vivo nenhum jogo da Copa América. Del Nero é suspeito de participar do esquema de corrupção, que levou Marin a ser preso.
Blatter renunciou ao cargo quatro dias após ser eleito para um mandato que duraria até 2019 – ocupava o cargo há 17 anos. No documento enviado aos cartolas da Fifa, o presidente da CBF alegou que a abertura da CPI para investigar a entidade e a Medida Provisória que parcelou a dívida dos clubes o impedem de se ausentar do Brasil. “Tais situações exigem minha presença e participação”, justificou Del Nero. (Sérgio Rangel/Folhapress)