A poucos dias para a Cerimônia de Abertura da Olimpíada de Paris 2024, a expectativa pelo início dos Jogos está cada vez maior. Competidores de todo o planeta representarão suas nações nas disputas esportivas, que também contarão com a participação de uma equipe formada por refugiados. Serão 36 atletas olímpicos e oito paralímpicos (além de um corredor guia) a representar mais de 100 milhões de deslocados espalhados pelo mundo.
Nas Olimpíadas, realizadas entre 26 de julho e 11 de agosto, a Equipe Olímpica de Refugiados do COI competirá em 12 modalidades. Os atletas vêm de 11 países distintos e estão atualmente acolhidos por 15 Comitês Olímpicos Nacionais diferentes. Esta será a terceira aparição do time nos Jogos Olímpicos – a primeira vez foram no Rio de Janeiro, em 2016.
Durante o anúncio realizado na Casa Olímpica em Lausanne, na Suíça, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, expressou que estes competidores são recebidos de braços abertos “e um enriquecimento para nossa Comunidade Olímpica e para nossas sociedades”.
A ativista de Direitos Humanos e facilitadora da ONU Maha Mamo, ex-apátrida e cidadã brasileira, foi convidada para fazer a palestra de encerramento dos eventos da Casa do dia 31 de julho.
“Vou falar sobre meu sonho de ser atleta. Não deu certo porque era apátrida e, agora, estou aqui assistindo a uma Olimpíada pela primeira vez e ainda vou poder servir de fonte de inspiração”, afirma Maha, que foi apátrida por 30 anos e nunca pode viajar com o time de basquete do colégio onde estudava no Líbano por não possuir documentos.