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Mundo Na Polônia, Joe Biden afirma que manter a união das democracias “é o mais importante”, e volta a chamar Vladimir Putin de “criminoso de guerra”

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Presidente dos EUA, Joe Biden tira selfie com militares americanos na Polônia. (Foto: Reprodução/Twitter)

Naquele que talvez seja o mais emblemático momento de sua viagem à Europa em busca de coesão contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou nesta sexta-feira (25) sua visita à Polônia, país que recebeu o maior número de refugiados do conflito, no que é visto como uma demonstração de apoio de Washington a Varsóvia e às 3,7 milhões de pessoas que deixaram o território ucraniano. Ali, Biden reforçou sua promessa de ajudar os refugiados “de todas as maneiras possíveis” e voltou a chamar o presidente russo, Vladimir Putin, de “criminoso de guerra”.

Em Rzeszow, a cerca de cem quilômetros da divisa com a Ucrânia, Biden se encontrou com o presidente polonês, o ultranacionalista Andrej Duda, em uma reunião com representantes de organizações humanitárias hoje atuando na Ucrânia. Em um rápido discurso, lembrou do compromisso, anunciado na véspera, de disponibilizar até US$ 1 bilhão para os ucranianos que foram obrigados a sair do país e reforçou aquele que é o ponto central de sua viagem à Europa: a coesão nas ações contra a Rússia.

“A coisa mais importante que podemos fazer é manter as democracias unidas, unir nossos esforços para conter a devastação cometida por um homem que é um criminoso de guerra”, afirmou. “Centenas de milhares de pessoas estão impedidas de receber ajuda e cercadas pelas forças russas em locais de Mariupol. É algo que parece saído de um filme de ficção científica.”

Biden se reuniu com integrantes das forças americanas na região – segundo a Casa Branca, há cerca de 10.500 militares dos EUA no país, e o presidente tem repetido em suas falas que vai defender “cada centímetro” do território da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o que inclui a Polônia. Além de fazer um pequeno discurso às tropas, também comeu pizza e conversou individualmente com os soldados.

Durante a visita, sirenes soaram em Lviv, na Ucrânia, que fica a 170 km de Rzeszow, mas não houve relatos de ataques – apesar de estar distante das principais frentes de guerra, uma base militar na cidade ucraniana chegou a ser atingida por mísseis russos na sexta-feira passada.

Biden terá neste sábado (26) uma nova reunião com o presidente Duda em Varsóvia, quando deve discutir questões levantadas anteriormente pelo governo local, como a criação de uma missão de paz internacional em solo ucraniano e o fornecimento de aviões de combate a Kiev – no começo do mês, a Polônia chegou a pôr seus aviões MiG-29 à disposição dos americanos para que fossem transferidos à Ucrânia, mas o plano foi rejeitado por Washington.

Na mesma linha, a ideia de uma missão de paz não encontra entusiastas na Casa Branca, porque isso elevaria drasticamente o risco de um confronto direto entre a Otan e forças russas, algo que Biden aparenta querer evitar. Neste sábado, o presidente americano deve fazer o que assessores chamaram de “importante discurso”, ainda em solo polonês.

Na quinta-feira, em uma série de reuniões em Bruxelas, líderes do G-7, da Otan e da União Europeia reforçaram o discurso de união em torno da pressão contra a Rússia, embora não tenham sido anunciadas medidas mais concretas, como a ampliação da ajuda militar – um pedido feito pelos próprios ucranianos – ou a adoção de novas sanções contra Moscou. Contudo, no caso da Otan, foi confirmado um reforço militar em países do Leste Europeu, com novas unidades de combate em Bulgária, Romênia, Hungria e Eslováquia.

A aliança demonstrou preocupação com o risco de ataques com armas de destruição em massa por parte das forças russas, como armas químicas, algo que Moscou nega ter a intenção de fazer. O governo americano também revelou que uma equipe já estuda possíveis respostas a tal cenário, mas declarou que não pretende “retribuir na mesma moeda”.

“[Os EUA] não têm a intenção de usar armas químicas, não importa em que circunstâncias”, disse, nesta sexta-feira, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, em uma tentativa de esclarecer o que Biden havia dito na véspera, sinalizando que a Rússia pagaria “um preço muito alto” se usasse esse tipo de armamento. “Nós fizemos esforços consideráveis para nos colocar em condições de responder de forma eficaz.”

Sullivan ainda revelou que os EUA e seus aliados da Otan estão elaborando planos de contingência para o caso de um eventual ataque contra algum país da aliança – esse é apontado como um dos maiores riscos do atual conflito, uma vez que, pelo Artigo 5 da carta que rege a Otan, um ataque contra uma nação da organização será considerada como um ataque a todos.

“O presidente foi extremamente claro sobre sua determinação sobre uma resposta decisiva, ao lado dos outros integrantes da aliança, caso a Rússia ataque a Otan”, disse Sullivan. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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