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Mundo Na reta final da eleição, Kamala e Trump têm empate técnico em todos os estados decisivos

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Indefinição toma conta da disputa nos EUA. (Foto: Reprodução)

Na reta final das eleições para a Casa Branca, o cenário de total indefinição paira na disputa entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris. Segundo o Real Clear Polling, agregador de pesquisas que traça uma média dos resultados mais recentes, a democrata e o republicano estão tecnicamente empatados tanto na votação nacional quanto nos sete estados cruciais na disputa: Pensilvânia, Geórgia, Wisconsin, Carolina do Norte, Arizona, Nevada e Michigan.

No levantamento nacional, Kamala Harris aparece na frente de Trump por 1,3 ponto percentual, ou seja, empatada dentro da margem de erro, segundo a média das pesquisas realizadas em todo o país entre 30 de setembro e 14 de outubro. Neste mesmo ponto da corrida em 2020, Biden liderava por 9,4 pontos percentuais. Em 2016, a democrata Hillary Clinton — que perdeu de Trump, embora tenha vencido no voto popular — aparecia na liderança por uma margem maior do que Kamala nesta altura: 6,7 pontos percentuais.

Diferentemente do Brasil, que adota o voto direto, a eleição nos EUA funciona num esquema de voto indireto conhecido como Colégio Eleitoral. Nele, a população vota, na realidade, em delegados que posteriormente elegerão o presidente seguindo a regra “o vencedor leva tudo” — ou seja, o candidato mais votado pelos eleitores de um estado conquista todos os delegados dele.

Para vencer, um candidato precisa da maioria simples dos 538 delegados em disputa, distribuídos pelos estados proporcionalmente ao tamanho da sua população — lugares grandes, como a Califórnia, acabam tendo mais delegados e, consequentemente, um peso maior na eleição do que menores, como o Kentucky. Como a maior parte dos estados já tem um histórico de votação em determinado partido, a disputa se dá essencialmente nos chamados estados-pêndulo, que nos últimos anos variaram a tendência de voto entre democratas e republicanos.

Por isso, sair na frente na pesquisa nacional não significa, necessariamente, uma vitória para Kamala no Colégio Eleitoral. Ainda mais por uma margem tão estreita como a atual. Além de Hillary em 2016, outros três candidatos — todos democratas — já perderam a eleição mesmo com a maioria dos eleitores ao seu lado na votação popular.

Segundo um estudo da Universidade do Texas de 2017, os republicanos têm 65% de chance de vencer no Colégio Eleitoral se forem derrotados por uma margem de 1 a 2 pontos percentuais no voto popular. Mesmo com uma diferença de 3 pontos, os republicanos ainda poderiam vencer no Colégio Eleitoral em 16% das vezes, apontou a mesma pesquisa. Isso acontece porque o eleitorado do Partido Democrata se concentra em estados mais populosos, enquanto os eleitores republicanos estão espalhados por um maior número de estados que, apesar de terem uma menor densidade populacional, fazem uma diferença significativa quando somados.

Estados-pêndulo

Dos sete estados-pêndulo, o estado que é considerado a “joia da coroa” por analistas é a Pensilvânia. Com 19 delegados no Colégio Eleitoral, o maior número entre todos os estados decisivos, em 27% das simulações de vitória no pleito, a Pensilvânia é quem decide o vencedor — o maior percentual em comparação com os demais. Segundo o jornal The Economist, em apenas 7% dos cenários Trump é capaz de vencer a corrida sem a Pensilvânia. Em 2016, quando o republicano conquistou a Casa Branca, ele venceu no estado por pouco. Quatro anos depois, 80 mil votos o separaram da vitória na Pensilvânia, o que teve um peso significativo para que ele não conquistasse a reeleição na disputa contra Joe Biden.

Junto com o Wisconsin, a Pensilvânia é o estado em que a diferença entre Kamala e Trump é a mais apertada: em ambos, a distância é de apenas 0,3 ponto percentual, aponta a média do Real Clear Polling. No entanto, enquanto no Wisconsin a vantagem é para a democrata, na Pensilvânia, é para o republicano.

Em todos os demais estados — Carolina do Norte, Geórgia, Arizona, Michigan e Nevada —, Trump aparece na frente de Kamala por uma margem de até 1,4 ponto percentual na média do agregador. Em tese, esta seria uma ótima notícia para o republicano, que só não está na vantagem no Wisconsin. No entanto, com uma margem tão pequena que configura empate técnico, as campanhas estão longe de sentir qualquer alívio antes do fatídico 5 de novembro, quando os americanos vão às urnas.

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