Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2024
Zelensky (foto) argumentou que a Rússia tem interferido em outros países há vários anos sob o comando de Putin, e citou como exemplos países da África, como Sudão e Mali
Foto: ReproduçãoO presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu nesta terça-feira (16), o esforço global para pressionar a Rússia, após Moscou ter invadido o território ucraniano em fevereiro de 2022, mas também cobrou mais apoio.
Durante evento no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Zelensky agradeceu inclusive as várias rodadas de sanções contra a Rússia, mas argumentou que é preciso pressionar mais Moscou para que o presidente russo, Vladimir Putin, se veja forçado a aceitar a paz.
Zelensky argumentou que a Rússia tem interferido em outros países há vários anos sob o comando de Putin, e citou como exemplos países da África, como Sudão e Mali. No caso da Ucrânia, destacou o fato de que o líder russo “busca normalizar deportações em massa”, e pediu um esforço por “uma paz que seja justa e estável”.
O presidente ucraniano lembrou que houve vários momentos em que a adoção de mais sanções foi adiada. Além disso, ressaltou o fato de que as sanções não têm afetado a produção de mísseis da Rússia, que possuem dezenas de componentes vindos do Ocidente. Em alguns momentos, a autoridade ucraniana mostrou ressalvas à postura de se evitar uma escalada no conflito, diante do comportamento do presidente russo.
Zelensky disse ainda que Putin “é o único terrorista no mundo que fez refém uma usina nuclear”. Segundo ele, o líder russo “precisa se arrepender” e é “um predador”. O presidente da Ucrânia destacou ainda o fato de que seu país conseguiu crescimento econômico, apesar da guerra, enquanto também negocia o potencial ingresso na União Europeia.
De acordo com Zelensky, a intenção não é buscar vingança, mas “justiça precisa ser feita”. “Se nos unirmos para isolar Putin, será o passo político certo”, avaliou. Ele disse que Putin não consegue melhorar a economia da Rússia e aumentar a classe média, com isso buscaria “distrair seu povo”, propondo a eles “radicalismo”.