Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2020
Gisele Bündchen queria festejar seus 40 anos, nesta segunda-feira (20), com a família e os amigos, plantando árvores na Amazônia. A intenção era reflorestar a região que vem sofrendo com o desmatamento – em junho, um recorde foi quebrado na série histórica do mês, com 1.034,4 km² devastados, área quase do tamanho da cidade do Rio. “Queria chamar a atenção para a importância de preservamos o que já temos. Com a pandemia, isso não será possível”, conta a übermodel. Para a data não passar em branco, celebrará o aniversário em casa com o marido, o jogador de futebol americano Tom Brady, e os filhos, Benjamin e Vivian Lake. “Vou ter um bolinho.”
Da Flórida, onde vive, Gisele ficou pensando em como realizar seu desejo apesar da crise sanitária. Decidiu unir forças com o Instituto Socioambiental (ISA) para colocar em prática o plano de plantar 40 mil árvores. À ELA, a top deu detalhes da iniciativa e falou também sobre sua conexão com a natureza, o título de “má brasileira” que ganhou da atual ministra da Agricultura e a relação com os filhos.
1-Envelhecer é um drama para uma modelo?
O corpo não responde da mesma forma, envelhecer também mexe com a nossa vaidade. As rugas fazem parte e, hoje, existem mil artifícios para ajudar a manter a aparência um pouco mais jovem. Só não dá para ficar querendo ter a mesma cara que você tinha no passado. É importante aceitar as transformações.
2-Você já declarou que se arrependeu de ter colocado silicone. Faria uma plástica hoje, aos 40?
Tudo na vida nos ensina algo e, nessa situação, aprendi que não vale a pena fazer algo por me sentir pressionada e querer agradar aos outros. Eu me arrependi e não sei se faria plástica novamente. Não tenho essa necessidade. Mas nunca sabemos como nos sentiremos no futuro e se fará algum sentido para mim.
3-Quais são os objetivos do projeto “Viva a Vida”?
Vou começar plantando 40 mil árvores na Amazônia Legal para celebrar o meu aniversário. Familiares e amigos queriam me presentear, então, pedi a eles que me ajudassem. Para facilitar as doações, criei uma plataforma on-line (www.vivaavida.gift). Assim, outras pessoas também podem participar.
4-Como defensora do meio ambiente, você já foi muito atacada – inclusive por agentes do governo. Como foi ser chamada de “má brasileira” pela atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina?
Não levo para o lado pessoal. Sou uma pessoa íntegra e sempre carreguei o nome do meu país com muito amor e carinho. Tive a oportunidade de me comunicar com a ministra e esclarecer essa situação. Entendo a importância do agronegócio para o Brasil, mas também entendo que não é preciso derrubar mais nenhuma árvore para que tenhamos progresso. Por mais incrível que seja o poder de regeneração da natureza, leva dezenas de anos para recuperar aquilo que é destruído em minutos. O que precisamos combater é o desmatamento ilegal, a grilagem e as invasões de terra. A sociedade precisa estar atenta e vigilante, porque a floresta tem um papel fundamental no equilíbrio do clima, no regime de chuvas e, consequentemente, na vida de todos nós.
5-A relação com os filhos mudou agora que eles estão maiores? Está mais durona ou mais calma?
Quando necessário, sou bem durona; mas, no geral, sou manteiga derretida. O Benjamin teve uma fase mais agarrado a mim. Agora, está mais com o pai. Vivian foi sempre independente.