Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2022
A Nasa (agência espacial norte-americana) reavaliou recentemente as chances reais de impacto do asteroide Bennu com o planeta Terra. Conforme o órgão, a probabilidade continua muito baixa, mas é maior do que se acreditava. A pesquisa deixou em alerta os astrônomos do mundo todo. Os novos dados foram coletados por uma missão chamada “Osiris-Rex”.
O meteoro Bennu, que tem diâmetro de aproximadamente 490 metros, tem sua trajetória acompanhada com atenção pelos astrônomos. Após dois anos investigando o objeto espacial, os especialistas concluíram que as chances de Bennu atingir a Terra subiram de 1 em 2700 para 1 em 1750. “Não é uma mudança significativa e a probabilidade de impacto é praticamente a mesma”, afirmou Davide Farnocchia, que liderou a pesquisa.
De acordo com os pesquisadores, daqui a mais de cem anos, o asteroide chegará a 7,5 milhões de quilômetros da órbita da Terra. Quando isso acontecer, Bennu entrará na categoria de “objeto potencialmente perigoso”. Embora a chance dele atingir o nosso planeta continue pequena, os astrônomos monitoram o asteroide de perto.
“Na verdade, agora temos um conhecimento muito melhor da trajetória de Bennu e podemos prever melhor quais são os caminhos possíveis em caso de impacto. Acho que no geral a situação melhorou e minha preocupação não aumentou”, completou Farnocchia.
Recentemente, a China anunciou planos para lançar foguetes contra um asteroide como Bennu em uma hipotética situação de colisão com a Terra.
Missão Artemis 1
A Nasa anunciou que engenheiros conseguiram substituir duas peças defeituosas no tanque central do foguete da missão Artemis 1. A agência pretende fazer um teste no sistema neste sábado (17).
No início do mês, a Nasa abortou a segunda tentativa de lançamento da Artemis 1 após detectar um grande vazamento de combustível, durante o abastecimento do foguete SLS (sigla para “Sistema de Lançamento Espacial”).
A agência afirma que as peças substituídas funcionam como um sistema de vedação em duas linhas de abastecimento. Elas servem para encher e drenar o hidrogênio líquido criogênico para o foguete, e redirecionam o combustível no interior dos tanques.
Para fazer os reparos, a Nasa construiu uma espécie de tenda na base do foguete para proteger o hardware e as equipes das condições ambientais e climáticas no Centro Espacial Kennedy, localizado na Flórida, nos Estados Unidos.
Nos próximos dias, técnicos pretendem reconectar peças, realizar inspeções e iniciar os preparativos para o teste de abastecimento. O objetivo é carregar o foguete com combustível para verificar se o reparo foi bem-sucedido e se não há mais vazamentos no tanque do SLS. É previsto, ainda, um teste de pré-pressurização, para verificar se os motores atingem as condições ideais de temperatura para a decolagem.
Se o teste for um sucesso, a Nasa pretende fazer uma terceira tentativa de lançamento da Artemis 1 no próximo dia 23 de setembro, às 7h47 (horário de Brasília). No caso de algum imprevisto técnico ou meteorológico, uma nova tentativa poderá ser realizada no dia 27, às 12h37.