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Nadadores brasileiros ganharam medalhas de prata e bronze nos 50 metros peito no campeonato mundial de natação

Felipe Lima e João Gomes Júnior fazem dobradinha na Coreia do Sul. (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez na história o Brasil tem dois atletas subindo ao pódio em um Mundial de Natação. Na prova dos 50 m peito, Felipe Lima, 34, e João Gomes, 33, conquistaram prata e o bronze, respectivamente, nesta quarta-feira (24), na competição disputada em Gwangju, na Coreia do Sul.

Com tempos de 26s66 e 26s69, eles ficaram atrás apenas do britânico Adam Peaty, 24, considerado um dos maiores nomes da natação atual. Para faturar o ouro, ele fez a marca de 26s06. A categoria não é realizada nos Jogos Olímpicos — quando há somente provas de 100 m e 200 m borboleta.

Agora, o Brasil soma cinco medalhas medalhas neste Mundial de Esportes Aquáticos. Nas piscinas, a primeira delas foi conquistada com Nicholas Santos, 39, na última segunda-feira. Atleta mais velho da competição, ele ficou com o bronze nos 50 m borboleta na segunda-feira (22) ao terminar a prova em 22s80.

Na maratona aquática, o país também levou dois ouros com Ana Marcela Cunha nas provas dos 5 km e dos 25 km. Ela é a maior medalhista em mundiais na história das provas em águas abertas.

A grande decepção até agora foi no revezamento 4 x 100 m livre. O time masculino ficou com a sexta colocação ao terminar a prova em 3min11s99 e frustrou a alta expectativa criara após a segunda colocação no mundial de 2017 em Budapeste, na Hungria. Antes da estreia na competição, a suspensão do titular Gabriel Santos, flagrado no antidoping pelo uso de clostebol, forçou uma mudança na escalação ideal, que também conta com Marcelo Chierighini, Pedro Spajari e Breno Correia.

Ao todo, o Brasil soma 43 medalhas em mundiais: nas piscinas são nove ouros, oito pratas e oito bronzes; nas águas abertas, são seis ouros, três pratas e sete bronzes.

Suspensão

A Federação Internacional de Natação reviu a pena imposta ao nadador brasileiro Gabriel Santos, de 23 anos, pego no doping, e aumentou sua suspensão de oito meses para um ano.

Segundo o documento de retificação divulgado pela entidade na segunda, a punição não valerá a partir de maio deste ano, data em que foi realizado o exame, mas desde 19 de julho, dia do julgamento realizado antes do início do Mundial de Esportes Aquáticos na Coreia do Sul.

Assim, ele perderia o processo de qualificação para a Olimpíada de Tóquio-2020, com início em 24 de julho do ano que vem.

O motivo da punição foi a decisão de clostebol no organismo de Gabriel. Proibido pela Wada (Agência Mundial Antidoping), o anabólico sintético é encontrado, por exemplo, em produtos para cicatrização. A ex-saltadora Maurren Maggi já foi suspensa, em 2003, pela mesma substância, assim como o nadador brasileiro Henrique Rodrguês, em 2017.

Em primeiro momento, a estratégia foi de não pedir a contraprova que poderia inocentá-lo. Entendeu-se que isso poderia atrasar o julgamento, no qual poderia ser absolvido. Não foi o que ocorreu.

Procurada, a defesa do nadador disse que irá recorrer da decisão assim que tiver acesso ao conteúdo da fundamentação. A equipe jurídica poderá entrar com uma ação na Corte Arbitral do Esporte nos próximos 21 dias para que o caso seja novamente apreciado. Em sua defesa, Gabriel alega que o teste positivo para a substância ocorreu após ele passar um tempo na casa de seu irmão, onde pode ter sido contaminado através do compartilhamento de toalhas de banho ou roupas.

Na última sexta-feira (19), Gabriel foi cortado do Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju. Um dos nadadores mais regulares do país, ele foi peça-chave do revezamento 4 x 100 m livre que foi medalhista de prata no Mundial de 2017, quando marcou o tempo parcial de 48s30.

Na semifinal do último sábado (20), seu substituto foi André Calvelo, jovem de 18 anos convocado como reserva. Ele fez a parcial de 48s44 na eliminatória que classificou o Brasil em sexto lugar para a final, com tempo agregado de 3min12s97. Na decisão, foi a vez de Bruno Fratus subsistiu Gabrial. Ele fez o melhor tempo da equipe (47s78). Chierighini (48s11), Spajari (48s14) e Correia (47s97) melhoraram suas marcas em relação à semi, mas os 1s75 a menos não bastaram para melhorar a sexta colocação da etapa anterior. O Brasil ficou em 6º na prova ao fazer o tempo de 3min11s99.

 

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