Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2022
Dia dos Namorados: presentes, jantar, vinhos, planos de dar o próximo passo no romance… E gastos. O dia 12 de Junho não é o ideal para ficar pensando nisso, mas, quando dividimos nossa vida com alguém, normalmente se torna necessário pensar nas finanças de forma compartilhada.
Afinal de contas, muitos objetivos e sonhos se tornam comuns: morar na mesma casa, fazer as mesmas viagens, celebrar as mesmas ocasiões e, eventualmente, criar os mesmos filhos e dividir a mesma aposentadoria, por exemplo.
Mas a receita de bolo não existe. Ou melhor, a receita depende do bolo. A maneira como cada casal vai fazer isso é extremamente particular. Confira aqui algumas alternativas, lembrando que todos esses arranjos devem ser muito bem discutidos e, sim, vale a pena assinar um documento para proteger ambas as partes para o caso do relacionamento acabar.
1. Conta conjunta
Para alguns, faz sentido juntar todas as receitas em uma única conta conjunta, com os ganhos de ambos indo para um mesmo fundo, sem a necessidade de ficar calculando cada despesa do lar: tudo é de todo mundo.
Essa configuração requer cuidados, principalmente caso uma das partes (ou todas) seja menos organizada. Muito cuidado para não cometer gastos excessivos que comprometam todo o orçamento da família!
2. Finanças totalmente apartadas
Outros casais podem optar por separar totalmente as finanças, cada um na sua 100%. Nesse caso, o arranjo pode acabar trazendo a burocracia de dividir as contas a todo momento. Quem paga a conta de luz? Esse jantar foi meu, o próximo é seu? Mas qual foi mais caro?
Uma planilha ou aplicativo de divisão de gastos ajuda muito nesse caso. Em vez de ficar passando dois cartões a cada nova saída, basta anotar os valores a cada gasto e acertar tudo no fim do mês – claro, sempre na base de muita confiança.
3. Contas separadas e “conta-casal”
Existe ainda a possibilidade de cada membro do casal ter a sua conta e ambos contribuírem para uma terceira conta, essa sim com dupla titularidade.
Nesse caso (e no anterior também), a decisão que vai caber aos pombinhos é o quanto cada um vai contribuir para as despesas da casa. Há alguns anos eu venho observando cada vez mais adeptos da configuração em que a pessoa que ganha mais aplica mais dinheiro no lar (e nos investimentos destinados a objetivos em conjunto).
Um exemplo, para facilitar. A gente sabe que (infelizmente) mulheres ainda recebem, na média, salários equivalentes a 77,7% dos salários dos homens. Para um casal heterossexual que estivesse exatamente dentro dessa média, poderia fazer sentido que o homem contribuísse com 22,3% a mais que a mulher para as despesas e investimentos em comum aos dois (ou seja, gastar e investir no lar R$ 122,30 para cada R$ 100 da parceira).
Mas tem quem ache esse arranjo burocrático demais ou se sinta desconfortável, e isso é totalmente compreensível! A decisão é muito particular para cada dupla.
E investir?
E claro, aí entram também os investimentos. Diferentemente das contas bancárias, hoje em dia as contas de investimento só podem ser criadas com um CPF, por questões operacionais. Isso traz um novo dilema para aqueles casais que optam por juntar investimentos destinados aos mesmos objetivos: deixamos as aplicações no nome de um só? Criamos duas contas?
Quando temos duas pessoas diferentes, com sonhos e situações financeiras diferentes, rumo à mesma linha de chegada (uma lua de mel, uma casa, a escola das crianças), é essencial entender como cada um pode contribuir e qual risco ambos estão dispostos a tomar, além de sincronizar o timing dos aportes. A parte boa é que bater as asas em sincronia nos permite voar mais alto: sonhar junto pode ajudar vocês a poupar ainda mais e melhor.