Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de março de 2016
Nancy Reagan, ex-atriz e ex-primeira-dama dos Estados Unidos, casada com o ex-presidente Ronald Reagan (1911-2004), morreu neste domingo aos 94 anos.
O casal Reagan esteve na Casa Branca entre 1981 e 1989. Nancy foi uma das primeiras-damas de maior influência da história dos Estados Unidos.
A morte aconteceu na manhã deste domingo em sua casa em Los Angeles, causada por parada cardíaca. Ela será enterrada ao lado de seu marido, na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan em Simi Valley, Califórnia.
Batizada como Anne Frances Robbins, Nancy nasceu em Nova York em 1921. Após se formar, em 1943, sua beleza fez com que ela decidisse seguir a carreira de atriz, primeiro na Broadway e depois nos estúdios MGM, nas décadas de 1940 e 1950. Ela fez ao todo 11 filmes, como “Demônios Submarinos” (1957).
Ronald e Nancy se conheceram em 1950. Ele era presidente do sindicato de atores e ela precisava de ajuda para tirar seu nome da lista de simpatizantes do comunismo. Após o jantar que marcaram para discutir o problema, ela percebeu que “ele era tudo que eu queria”, como escreveu mais tarde.
Antes de se casar, em 1952, Nancy namorou atores como Clark Gable. E Ronald havia se divorciado de outra atriz, Jane Wyman, alguns anos antes.
Ao longo de um casamento que durou 50 anos, Nancy sempre foi uma fiel protetora da imagem do marido e uma conselheira que o ajudou a construir sua carreira política, primeiro como governador da Califórnia, cargo que venceu em 1966, e depois como presidente, nos anos 1980.
Quando Ronald decidiu trocar a carreira de ator pela política, ela lhe apoiou e trabalhou ativamente na coordenação das campanhas.
Ao chegar na Casa Branca, Nancy coordenou uma grande reforma do local, que não passava por reparos havia algumas décadas, a partir de doações. Até a louça presidencial, usada desde os anos 1940, foi trocada nesse processo.
Como primeira-dama, Nancy organizou uma grande campanha contra as drogas para estimular as pessoas a dizer não aos entorpecentes. Ela viajou a vários Estados americanos e países do mundo nessa ação. O governo Reagan fez investimentos pesados no combate ao narcotráfico.
No dia a dia da presidência, Nancy também participava das decisões, mas sua atuação ficava restrita aos bastidores.
Em 1987, ela descobriu que tinha câncer de mama e falou abertamente sobre o assunto, para estimular outras mulheres a se prevenir.
Alguns anos após deixar o cargo, o ex-presidente descobriu ter Alzheimer. Nancy conduziu o que chamou de “um longo adeus”, com “cuidados precisos, almoços com amigos e horas gastas com velhas cartas de amor e campanhas para encontrar a cura para a doença que estava levando Ronnie embora”. Ronald morreu em 2004.
“Nancy Reagan era uma das minhas heroínas. Ela serviu como primeira-dama com poder, classe e graça inacreditáveis e deixou sua marca no mundo”, disse Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador da Califórnia
“Nancy, a esposa de um grande presidente, era uma mulher incrível. Sentiremos sua falta”, disse Donald Trump, empresário e pré-candidato ao cargo de presidente. (Folhapress)