Quarenta anos após ter ingressado na banda Titãs, em 1982, Nando Reis já está estabelecido como um dos grandes compositores brasileiros da geração pop projetada ao longo da década de 1980. Um compositor que cresceu e que tem se mantido inspirado ao longo desses 40 anos.
A grandiosidade da obra do cantor, compositor e músico paulistano está reiterada no álbum Orquestra Petrobras Sinfônica Nando Reis, lançado pelo selo Relicário nesta sexta-feira, 25 de fevereiro, com registros de oito dos 13 números dos concertos feitos pelo artista com a sinfônica da Petrobras, em apresentação em outubro de 2017 e em turnê por seis capitais do Brasil em janeiro de 2019, sob a regência do maestro paulistano Isaac Karabtchevsky.
A gravação do disco foi feita no embalo da turnê, no início de 2019, na sala de ensaios da orquestra, na Fundição Progresso, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Abordagens sinfônicas de cancioneiros da MPB, do pop e do rock já são recorrentes no mercado fonográfico nacional. A própria orquestra da Petrobras tem feito incursões regulares por territórios da canção popular em concertos com astros da música brasileira em trajetória que completa 50 anos em 2025.
Ainda assim, a beleza do disco da sinfônica carioca com Nando Reis salta aos ouvidos ao longo do álbum em que oito canções da lavra solitária do artista são enquadradas na moldura sinfônica, com arranjos de Marcelo Caldi.
O compositor é dono de obra sólida que se escora em melodias sedutoras que servem tanto ao formato minimalista da voz e do violão – molde que evidencia o valor real de uma canção – como se ajustam ao aparato sinfônico de grandes orquestras.