Totalmente impactada com o livro “Super genes”, do Deepak Chopra e Rudolph Tanzi. Estou no começo da obra, mas a ideia é a seguinte: diferentemente do que sempre imaginamos, temos a capacidade de mudar a estrutura do nosso DNA, a partir dos hábitos que adotamos em nossas vidas. Portanto, ao contrário do que acreditamos por muito tempo, nossa carga genética é adquirida, mas não imutável. E isso é de um poder gigantesco!
…mas também de uma enorme responsabilidade. Afinal, pensávamos que o que você é poderia ser imputado a Deus, aos seus pais, ao destino ou à loteria genética. Porém, nosso genes não são imutáveis. E isso é assombroso!
O DNA de gêmeos univitelinos pode ser o mesmo, mas eles poderiam ter vidas diferentes e acabar com características bastante distintas. Já sabíamos disso, mas imputávamos tais diferenças ao ambiente diferenciado em que viveram. E a questão é que essas experiências podem impactar tão profundamente a ponto de alterar a estrutura de nossos genes.
Ou seja, eu tenho não só a capacidade de modificar meus genes, como torná-los melhores. Ato contínuo, temos a possibilidade de criar super genes – que é o nome do livro. Genes com aptidão a serem maiores e melhores e resistirem mais. A viverem mais!
A responsabilidade que recai sobre cada um de nós é, portanto, imensa! O que fazemos, o que comemos, o que pensamos, o que sentimos impacta, diretamente, na estrutura mais profunda de nosso ser. E até aí, vá lá! Mas isso é carregado para a frente, por gerações sem fim! E aquela história de que trazemos as memórias das sete gerações que nos antecederam, finalmente, ganha uma explicação científica.
Foi aí que a minha mente “bugou”: eu posso transformar a vida dos meus descendentes!
Vejam, isso o livro não diz. É conclusão minha. Se você tem um mínimo de familiaridade com os conceitos de constelação familiar, por exemplo, sabe a importância de honrar nossos antepassados. E também sabe que somos a soma deles todos.
Geneticamente, portanto, isso é concretizado. E não apenas pela passagem de um gene adiante, mas, principalmente, pela capacidade de mudança de cada gene diante das circunstâncias da vida: seu vô esteve na guerra? Seu bisavô passou fome na viagem de navio ao novo mundo? Sua mãe foi vítima de violência doméstica? Tudo isso deixa uma marca não apenas na alma, mas nos códigos genéticos. E é, portanto, passado adiante.
A memória de cada vivência deixa sua marca. É isso é absurdamente profundo. Você carrega a história de seus antepassados! Na carne. Na pele. Na matemática genética!
Aparentemente, tudo o que vivemos impacta. É isso vale para o lado ruim – mas para o bom também, que é a ótima notícia.
Podemos abraçar nossa genética e assumir as rédeas do futuro da humanidade se nós responsabilizamos pelo que somos e pelo criamos dentro de cada um de nós, como vetores de disseminação dos futuros seres humanos. Não é incrível?
De forma prática, concluí que existe, para cada um de nós, dois momentos cruciais para a humanidade, a partir de cada indivíduo: o que ele já melhorou a ponto de SER no ato da concepção do próprio filho, e o que ele pode transformar enquanto pai e mãe, para modificar ativamente as vivências dos seus filhos, a fim de que eles passem adiante um DNA melhorado.
E eu achando que basta ser mãe. O que já é muito! Mas, mais do que isso, meus atos de hoje impactarão em meus trisnetos! Um dia, portanto, quando eles forem adultos e entenderem isso tudo, olharão para a árvore genealógica e, com todo o seu coração, falarão do alto da sua “maravilhosidade” genética: “obrigada trisavó. Somos gratos por tudo que você fez para tentar aperfeiçoar a nossa linhagem”. E seguirão em frente, honrando o passado e, se der tudo certo, tentando melhorar cada vez mais.
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