Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2024
A ministra ressaltou a importância do cuidado das pessoas que estão trabalhando nos resgates.
Foto: Gustavo Mansur/Palácio PiratiniA ministra da Saúde, Nísia Trindade, acredita que a situação da saúde no Rio Grande do Sul por conta das enchentes que atingiram o Estado vão exigir atenção mesmo depois que a água baixar por conta de doenças, como leptospirose, e da necessidade de atendimentos de urgência, já que muitos hospitais deixaram de funcionar por conta das inundações.
“Nós podemos ter vários problemas de saúde pública na sequência, quando a água começa a baixar dada a esse total colapso na cidade. Então, é muito difícil fazer uma previsão, mas, certamente, não é um cenário que a gente deva ter uma melhora nas condições de saúde. E, certamente, não nos próximos dois meses é possível dizer isso. O que vai acontecer é que haverá melhora em alguns lugares mas não em outros e temos que estar atentos a cada realidade do Estado”, disse em entrevista à GloboNews.
Nesta terça (7), a ministra disse que o Ministério da Saúde vai publicar uma portaria com remessa imediata de recursos para a saúde no estado do Rio Grande do Sul. “Nós vamos hoje (terça) publicar uma portaria com a destinação de R$ 63 milhões com a destinação para custeio de ações emergenciais”, afirmou Nísia.
Nísia afirmou que há preocupação com a falta de hospitais que foram atingidos pelos alagamentos possa prejudicar pessoas que precisem de atendimento, de hospitalização e de cirurgias de emergência, hemodiálise e tratamentos oncológicos. “Estamos trabalhando em um plano junto com a Secretaria de Saúde do RS e municípios para cada local, porque as realidades vão ser diferentes no Estado. É um grande trabalho em uma calamidade. É um conjunto de ações neste cenário impreciso.”
A ministra ressaltou a importância do cuidado das pessoas que estão trabalhando nos resgates que estão em contato com a água da enchente, que pode estar contaminada. “Que usem botas, proteção, o que é muito importante para as equipes de resgate. Vamos ter que, ao longo de 30 dias, acompanhar sintomas das pessoas. Não se recomenda uso de antibioticos em massa. Mas quando a pessoa tem febre, dor lombar e dor na panturrilha, são alguns dos sintomas de leptospirose. Isso pode levar um tempo de até 30 dias. Então, tem que monitorar esses sinais.”
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 95 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o Estado. O boletim divulgado na tarde dessa terça-feira ainda aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 131 desaparecidos e 372 feridos.
Há 207,8 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 48,8 mil em abrigos e 159 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
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