Quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Colunistas Não era, mas se tornou

Compartilhe esta notícia:

(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O presidente viajou. Foi participar do fórum de Davos, na Suíça. O vice-presidente, Hamiltom Mourão, assumiu a Presidência. Ele se tornou o presidente em exercício ou o vice-presidente em exercício? Guarde isto: vice no poder muda de status. Torna-se presidente interino ou presidente em exercício: O presidente em exercício, Hamilton Mourão, despachou no gabinete da Vice-Presidência. Hamilton Mourão foi o presidente interino do Brasil até sexta-feira.

Na chegada

“Chegamos há pouco em Davos, Suíça. As expectativas são as melhores. Uma boa tarde a todos”, tuitou Jair Bolsonaro. Ops! O presidente tropeçou na regência. A gente chega a algum lugar. Que tal fazer as pazes com a preposição? Assim: Chegamos há pouco a Davos.

Seis minutos

A expectativa era grande. Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente latino-americano a discursar na abertura do Fórum Mundial de Davos. Diante de plateia seleta, falou durante seis minutos. Causou estranheza. Lula, Dilma, Temer se aproximaram dos 30 minutos. A comparação foi inevitável. Bolsonaro falou menos que os presidentes que o antecederam? Bolsonaro falou menos do que os presidentes que o antecederam? Tanto faz. Você escolhe. É acertar ou acertar.

Meio-dia e meia

Na terça, Sua Excelência falou para banqueiros, empresários e políticos em Davos, na Suíça. Foi ao meio-dia e meia. Isso mesmo: meio-dia e meia (hora). Meia concorda com hora, daí o feminino.

De pai para filho

“Se ele errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar”, disse Bolsonaro lá longe, na Suíça. Referia-se às denúncias que pesam sobre os ombros do filho Flávio.

Enquanto se apuram os fatos, vale uma diquinha de português — ter que ou ter dê? Modernamente, as duas formas são sinônimas. Você escolhe: Ele tem que pagar. Ele tem de pagar. As denúncias têm que ser apuradas. As denúncias têm de ser apuradas. O presidente teve que falar. O presidente teve de falar.

Boa viagem

Viagem ou viajem? Depende. Viagem é substantivo. Significa jornada: A viagem do presidente a Davos começou no domingo. Costumo recorrer a agências de viagem. Boa viagem, amigos!

Viajem é a 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo viajar. Seguido por qualquer vogal, o j mantém o som. Por isso, viajar se conjuga sempre com j: eu viajo, ele viaja, nós viajamos, eles viajam; que eu viaje, ele viaje, nós viajemos, eles viajem.

Na dúvida, banque o esperto. Recorra a macete antigo como o rascunho da Bíblia. Ponha a palavra no plural. Se ela joga na equipe de homens e jovens, não duvide. Você está às voltas com o substantivo: Eles querem pôr o pé na estrada? Que ponham. Viajem e façam boa viagem. (Viajem e façam boas viagens.) Amém!

Leitor pergunta

Um luão passeava pelo céu. Por quê? Na madrugada de segunda-feira, a Lua ficou a uma distância relativamente próxima da Terra — 358 mil quilômetros. Por isso, parecia maior que o normal. Chamaram-na de… superlua? Super Lua? Super-Lua? — Marcelo Dias, Brasília

A resposta é super-Lua. Nome próprio, o astro se escreve com a inicial maiúscula. Como o português não aceita letra grandona no meio da palavra, a saída é pedir ajuda ao hífen. Com os outros prefixos ocorre o mesmo: super-Lua, super-Brasília, anti-Bolsonaro, anti-PT.

Na trama da novela O sétimo guardião, há uma liga de sete guardiões. Mas, todas as vezes que eles se referem ao fato, se denominam guardiães. A flexão está correta? — Selma Abraim, Porto Alegre

O dicionário responde: as duas formas estão corretas — guardiães e guardiões. A alternativa é acertar. Ou acertar.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Colunistas

Sérgio Moro quer ouvir Eduardo Leite sobre propostas para a segurança
Desastre sem fim
https://www.osul.com.br/nao-era-mas-se-tornou/ Não era, mas se tornou 2019-01-26
Deixe seu comentário
Pode te interessar