Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2024
Como é um campo aberto, não tem para-raio, se estiver só você na praia, você vai servir de para-raio.
Foto: ReproduçãoUma mulher morreu e seis pessoas ficaram feridas após serem atingidas por um raio em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 20 de janeiro. Em 10 anos, de 2013 a 2022, 835 pessoas morreram no Brasil com descargas elétricas, de acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A intensidade típica de um raio é de 20 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico.
A maior parte das mortes acontece durante o verão – época em que as altas temperaturas e umidade do ar favorecem a formação de tempestades e raios.
Os raios podem acontecer pouco antes de a chuva começar ou no estágio final da tempestade. Segundo o Inpe, as pessoas devem buscar abrigo assim que vejam nuvens carregadas no céu ou escutem um trovão. Quando acabar a chuva, evite ir imediatamente para lugares abertos ou para a água.
O capitão Maycon Cristo, do Corpo de Bombeiros, disse ao que é importante deixar a praia o mais rápido possível e não esperar a chuva começar. “Como é um campo aberto, não tem para-raio, se estiver só você na praia, você vai servir de para-raio”, afirmou. Ele explicou ainda que o raio atinge o ponto mais alto e tudo que está em volta, por isso é comum várias pessoas se ferirem com a mesma descarga elétrica.
O que fazer?
– Saia imediatamente do mar;
– Não caminhe às margens da água na faixa de areia ou calçadão;
– Fique longe de estruturas metálicas, ou seja, não fique embaixo de guarda-sóis, tendas e quiosques;
– Evite andar de bicicleta na faixa de areia. Além de ser um objeto metálico, ele deixa a pessoa em um ponto mais alto;
– Não fique próximo a embarcações atracadas;
– Não realize atividades de pesca navegando em embarcações ou na beira da água.
Onde ficar?
– Entre em moradias ou prédios, mantendo distância das redes elétrica, telefônica e hidráulica, de portas e janelas metálicas;
– Entre em um veículo não conversível e feche as portas e vidros, evitando contato com a lataria;
– Entre em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis.
Em locais ao ar livre, em último caso, se não houver abrigo seguro por perto, a orientação do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) é se agachar e manter os pés juntos até a tempestade passar. Não deite.
Se alguém for atingido, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado o mais rápido possível. “É uma descarga elétrica muito alta, a pessoa pode ter lesões no corpo, feridas abertas e parada cardíaca”, informou o capitão Maycon. Caso a vítima não tenha pulsação, pode ser iniciada massagem cardíaca enquanto os bombeiros não chegam ao local.
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