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Não fui nomeada para tratar de economia, mas da articulação política, diz Gleisi Hoffmann

Gleisi afirma ter boa relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. (Foto: Reprodução/Twitter)

Uma das mais aguerridas aliadas de Lula (PT) e defensoras do presidente, Gleisi Hoffmann, a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), disse em entrevista exclusiva ao blog que sua principal missão no governo será garantir acordos, trabalhar na articulação política e buscar alianças para 2026.

Gleisi nega risco de entrar em rota de colisão com Fernando Haddad (PT), apesar do histórico de embates entre os dois e de a nova ministra das Relações Institucionais ser crítica da política econômica do governo.

“Eu não fui nomeada para tratar de economia; fui nomeada para cuidar da articulação política”, disse.

Em relação à articulação política e buscas de alianças para a eleição de 2026, Gleisi afirma ter boa relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e relembra sua atuação nas disputas de 2022 e 2024.

“Vou fazer tudo que for possível para garantir 2026, vou buscar essas alianças”. A posse de Gleisi está marcada para segunda-feira (10).

PT se reúne nesta sexta para definir presidente interino

A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) vai definir nesta sexta-feira, 7, quem assume a presidência interina no lugar da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). O líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), e o senador Humberto Costa (PT-PE), são os principais nomes considerados pela legenda.

O mandato atual dentro do partido vai até julho, quando ocorrem eleições diretas para a nova direção, com voto dos filiados. Agora, o PT escolhe, então, quem assume um mandato-tampão até as eleições.

Os dois são vice-presidentes da sigla e, portanto, integrantes do Diretório Nacional – um requisito para ocupar a vaga interinamente. De acordo com o estatuto do partido, o nome do presidente interino precisa passar pelo crivo do Diretório Nacional em até 60 dias.

Guimarães teria demonstrado aborrecimento com a indicação de Gleisi à SRI e poderia não querer assumir mandato-tampão como presidente do PT.

O cenário exibe a intensificação da disputa interna pelo comando da sigla. As informações dos bastidores são de que Gleisi planejava indicar Guimarães como interino para construir uma rede de apoio ao deputado.

A ideia seria que ele desbancasse o ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro Edinho Silva, da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária na legenda. As informações são dos portais G1 e Estadão.

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