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Brasil “Não há risco de queda”, diz Defesa Civil sobre prédio que sofreu colapso estrutural em São Paulo

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Edifício com 133 apartamentos foi evacuado na tarde desta terça (13) em Praia Grande. (Foto: Divulgação/Defesa Civil)

Um prédio residencial com 133 apartamentos na Praia Grande, litoral paulista, foi evacuado no nessa terça-feira depois que técnicos da Defesa Civil identificaram um colapso estrutural em três colunas da edificação. O problema foi constatado no subsolo. Não há feridos.

O edifício possui, ao todo, 23 andares, mas 19 são destinados às unidades habitacionais. Nos outros quatro pisos estão o térreo e o estacionamento. Imagens publicadas nas redes sociais mostram que o prédio, localizado no bairro Aviação, está inclinado para frente, em direção à avenida Jorge Hagge. Ainda não há informações sobre o que provocou o colapso nas colunas.

A Defesa Civil informa que todos os carros foram retirados dos estacionamentos e as caixas d’água foram esvaziadas para aliviar o peso. Inicialmente, a informação era de que cinco colunas haviam sido atingidas. Porém, uma vistoria constatou que o abalo atingiu três delas.

Segundo o tenente Maxwell de Souza, da Defesa Civil estadual, a construtora do prédio está fazendo uma obra emergencial no edifício. O objetivo é estabilizar as colunas. “Nos próximos dias haverá novas vistorias para verificação de uma obra definitiva. Isso tudo será gerido pela Secretaria de Urbanismo do município de Praia Grande”, afirmou.

“Houve, sim, esse cisalhamento, que é o rompimento de três pilares e, por conta disso, os riscos iminentes, o prédio foi evacuado”, explicou o capitão Thiago Duarte, do Corpo de Bombeiros.

Segundo Duarte, a construtora responsável pelo prédio está fazendo o escoramento dos pilares. “Com o cisalhamento dos três pilares, os demais pilares estão aguentando esforços a mais do que eles foram previstos. Por conta disso está sendo feito o escoramento para aliviar os demais pilares”, acrescenta.

Ainda não há previsão de liberação do imóvel. Engenheiros da prefeitura, da construtora e da Defesa Civil farão uma análise para verificar as causas e as consequências da ocorrência e, com base nisso, tomarão a decisão sobre o futuro do prédio.

O empresário Ricardo Aparecido Rufino mora no prédio e disse que escutou um barulho vindo do subsolo. Segundo ele, uma coluna que estava trincada “estourou”.

A dona de casa Jussara Soares Gonçalves Martins mora em um prédio vizinho e disse que se assustou ao ouvir um barulho e, em seguida, ver pessoas correndo e gritando.

“Saí na janela porque pensei que alguém tivesse caído de lá de cima. Vi todo mundo correndo. Falaram que foram as colunas que se romperam. Achei que o prédio ia cair sobre o meu”, relatou.

Situação “estável”

Caminhões estão levando estacas para o edifício, segundo informou o tenente-coronel. Elas servirão para fazer a sustentação no subsolo, completou o porta-voz, dizendo que a situação no local é “estável”.

Moradores, com o auxílio do Corpo de Bombeiros, receberam permissão para voltar ao edifício e retirar pertences e até animais de estimação dos apartamentos. Mas está descartado o retorno deles para suas residências nesta noite. “Não vai ficar ninguém no prédio, não vai dormir ninguém no edifício”.

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