Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2020
O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse nesta segunda-feira que não há uma segunda onda da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos, embora haja alguns surtos em Estados como a Flórida, e é improvável que ocorram paralisações generalizadas por todo o país.
“Existem alguns pontos críticos. Estamos trabalhando nisso”, disse Kudlow em entrevista à CNBC. “Agora sabemos como lidar com essas coisas. Já percorremos um longo caminho desde o inverno (no Hemisfério Norte) passado e não há segunda onda vindo.”
Cidades e Estados de todo o país emitiram ordens restritivas de distanciamento social e de trabalho de casa para tentar retardar a propagação da infecção respiratória, mantendo os consumidores fora das lojas e aumentando as demissões.
Depois, quando os casos e as mortes se estabilizaram ou caíram em alguns lugares e as restrições começaram a ser relaxadas, Estados como o Arizona e a Flórida registraram um número recorde de novos casos, gerando temores sobre outra interrupção na atividade econômica.
Embora o Congresso dos EUA já tenha aprovado três planos de gastos para apoiar a economia e combater o novo coronavírus, está trabalhando em outro acordo com a Casa Branca, que Kudlow disse que poderia ser alcançado ao final do verão (no Hemisfério Norte).
O tamanho do novo pacote, chamado de “Fase 4”, ainda não foi determinado, e pode incluir ajuda estadual e local, disse Kudlow. Em geral, disse Kudlow, ele gostaria que qualquer projeto de assistência seja direcionado para incentivos econômicos de longo prazo.
“Exército” de profissionais
Já os europeus estão desfrutando do relaxamento gradual das medidas de isolamento decretadas para combater o coronavírus, mas os hospitais de diversos países já estão se preparando para uma possível próxima onda de infecções.
Alguns especialistas em tratamento intensivo estão tentando contratar mais funcionários permanentes, e outros querem criar um “exército” de profissionais médicos de reserva pronto para ser acionado onde for necessário para trabalharem em alas com pacientes gravemente doentes.
Países europeus vêm dando aos médicos cursos relâmpago sobre como lidar com pacientes com Covid-19, e agora estão procurando maneiras de retreinar equipes para evitar a falta de trabalhadores essenciais se surgir uma segunda onda do novo coronavírus.
“Precisamos de um exército de profissionais de saúde”, disse Maurizio Cecconi, presidente eleito da Sociedade Europeia de Medicina de Tratamento Intensivo (ESICM), que reúne médicos de todo o mundo que trabalham em alas com pacientes gravemente doentes.
Cecconi, que comanda o departamento de tratamento intensivo do hospital Humanitas, de Milão, diz que o corpo médico precisa ser mais flexível no trabalho que faz, e também mais móvel.
“Se houver outra onda grande, deveríamos estar preparados para enviar médicos e enfermeiras de regiões próximas dentro da Itália. Isto não aconteceu muito na primeira onda”, disse ele à Reuters. As informações são da agência de notícias Reuters.