Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2015
Não dá para pensar em evento chique no País sem lembrar de Amaury Jr. Há 35 anos, ele apresenta a coluna eletrônica mais badalada da TV. Agora, ele ganhou uma biografia. “A Vida é Uma Festa”, escrita pelo jornalista Bruno Meier, mal foi lançada e já está entre os dez livros mais lidos do Brasil. Amaury desmente os boatos de romance com Ana Maria Braga, nega o título de “coxinha”, diz que não tem nada contra os novos ricos e sonha entrevistar Marisa Monte.
Qual é o seu nível de vaidade?
Amaury Jr. – Acho que eu já fui muito mais vaidoso. Tenho minha vaidade de me apresentar bem. Mas eu acho que a minha vaidade ao longo de 35 anos trabalhando já se alojou em algum lugar, quietinha. Não tenho mais a preocupação exacerbada de me vestir.
Seu público tem um grande poder aquisitivo. Estamos falando da classe A, não é?
Amaury – Eu costumo dizer que o meu público é Rolls Royce dos telespectadores. A cada ponto que se dá por aí, o meu telespectador vale por 500! É um público bem informado, formado e viajado, com alto poder aquisitivo. Ele é um público exigente e ao mesmo tempo qualificado.
Quais foram as grandes entrevistas que você fez na vida e quais talvez você gostaria de ter esquecido?
Amaury – Uma que eu não fiz e que me parece o João Gilberto de saia é a Marisa Monte. Não consigo entrevistar a Marisa Monte. Ela é o João Gilberto de saia. Já cheguei perto, mas não consegui. Sou o maior fã dela.
Você tem problemas em falar da sua vida pessoal?
Amaury – Não. Eu falo! Tenho dois filhos que já são casados e a minha filha é envolvida com moda. Tenho quatro netos, sou casado com a mesma mulher há 40 anos e o nome dela é Celina.
As pessoas insinuam que você teve um caso com a Ana Maria Braga. Isso é verdade?
Amaury – Saiu uma fofoca que eu tinha tido um caso com a Ana Maria Braga! Ela é amiga da minha mulher! A Celina sabe que nesse mundo em que a gente vive tem muito equívoco na fofoca. Publicaram uma foto minha em que estamos eu, minha mulher grávida do meu primeiro filho, e a Ana Maria Braga no Carnaval. Só que cortaram a minha mulher da foto! Então na imagem ficamos eu e a Ana Maria.
Você nunca namorou com a Ana Maria então?
Amaury – Os caras falam: “Pô, você não comeu a Ana Maria Braga?”. Oxalá se eu tivesse comido! Eu tava solteiro e ela também, mas ela já era amiga da minha mulher. A Ana Maria continua nossa amiga e se aproximou muito da minha mulher. Imagino que ela fique muito desconfortável. Se bem que, se algo tivesse acontecido era lícito, porque todo mundo era solteiro… Mas não houve nada.
O que você acha dos novos ricos?
Amaury – Eu não tenho nada contra os novos ricos. Pior é ser novo pobre. Tem rico que ganha seu dinheiro licitamente e faz as coisas direito, mas a maioria dos ricos que acabou de ganhar muita grana e partiu para fazer grandes festas, erra muito! Quase sempre fica over. Não tem bom gosto, não sabe receber, não sabe fazer nada… Mas também tem rico de berço que é pior do que o novo rico.
Como você vê essa ostentação?
Amaury – Sou da década de 1970. Ninguém tinha medo de ostentar. As pessoas aconteciam, não tinham preocupação nenhuma. Hoje eu acho que, por força da situação política no Brasil, as pessoas não estão querendo. Eu tenho tantos amigos que me chamam para casamentos que eu adoraria gravar, mas que não querem. Só me querem lá como convidado. As pessoas estão ostentando muito menos. O mercado de luxo está intacto? Não está nada! Está todo mundo sofrendo. Eu estou sofrendo aqui para fazer esse programa diário. Quem fala que está legal é porque está mentindo. (Leo Dias/AD)