Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2024
Segundo Lula, "as pessoas que estavam comandando a Polícia Militar do Distrito Federal eram favoráveis ao golpe".
Foto: Reprodução de TVO presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as investigações sobre os atos extremistas de 8 de janeiro de 2023 não devem acabar até que os financiadores dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, sejam identificados.
“Não pode parar a investigação enquanto a gente não descobrir quem financiou porque isso não foi de graça. Isso teve gente que financiou”, disse Lula em entrevista exibida no domingo (7) pela GloboNews.
O petista estava em Araraquara, no interior de São Paulo, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) foram invadidos e depredados por apoiadores radicais de Jair Bolsonaro que não aceitaram a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022.
Lula revelou que se comunicou por telefone com ministros para definir ações para responder aos ataques antidemocráticos. Ele contou que foi a primeira-dama Janja da Silva a responsável por alertar que decretar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) seria “tudo o que os militares queriam”.
“Foi a Janja que me avisou: ‘Não aceita GLO porque GLO é tudo o que eles querem, é tomar conta do governo’. Se eu desse autoridade para eles [militares], eu tinha entregado o poder para eles”, declarou o presidente.
Ele definiu os momentos em Araraquara, antes de retornar a Brasília, como uma “pequena operação de guerra” e avaliou que “as pessoas que estavam comandando a Polícia Militar do Distrito Federal eram favoráveis ao golpe”.
“As pessoas mais sérias não brincaram em serviço. As pessoas mais sérias tomaram as posições que tinham que tomar e restabelecemos a normalidade. Tem muita gente que está na mira e pode ficar certo que vai ser encontrada, é apenas uma questão de tempo”, disse Lula.