Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

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Notícias “Não posso falar o nome do Boulos, porque já fui multado uma vez”, diz Lula durante evento em São Paulo

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Presidente foi multado pela Justiça Eleitoral por propaganda antecipada. (Foto: Divulgação/Campanha Boulos)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse, neste sábado (29), que não poderia falar o nome do deputado federal e pré-candidato à prefeitura da cidade Guilherme Boulos (PSOL), porque “já foi multado” pela Justiça Eleitoral por propaganda antecipada. A declaração foi dada em evento para anunciar a extensão da linha do metrô.

Boulos estava no evento, que ocorreu no Jardim Ângela, zona sul da cidade, e fez discurso no palanque um pouco antes de Lula, que ainda alfinetou as ausências de Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes.

“Iríamos assinar o contrato [de expansão do metrô]. Mas o prefeito que deu o terreno e o governador não vieram. Para nós, quando queremos fazer investimento, nós não nos preocupamos de que partido é o governador. Nos preocupamos se o povo daquele estado, daquela cidade, precisa daquilo que a gente faça”, disse o presidente.

Ele destacou a importância de realizar investimentos independentemente da filiação partidária do governador: “Para nós, quando a gente quer fazer investimento, a gente não se preocupa de que partido é o governador. E por isso trazer o metrô para cá é uma necessidade de dar conforto a vocês”.

Ainda na capital paulista, pela manhã, Lula comparou a forma como encontrou o Brasil após o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Faixa de Gaza, região em guerra e sitiada por Israel. “Eu não sei se vocês veem na televisão a Faixa de Gaza, lá dos palestinos, eu não sei se vocês veem a destruição que a guerra está fazendo lá. Nós encontramos um país assim”, criticou.

O presidente participou cerimônia para anunciar investimentos federais em educação na zona leste de São Paulo, em Itaquera. Na ocasião, afirmou querer inaugurar os dois campi anunciados nesta manhã (Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp de Itaquera, apelidado de Instituto das Cidades, e do campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo) ainda neste mandato, por temer “as coisas não acontecerem” como no passado: “Quem veio depois não deu a atenção necessária”.

Assistencialismo

O petista também criticou quem diz que “o Lula só fala com o pobre”. “Eu quero governar o país para os empresários. Eu quero que os empresários ganhem dinheiro, porque ganhando dinheiro ele gera emprego, gerando salário, gerando consumo, gera comércio, que gera mais emprego, gera mais salário […] eu quero que todo mundo cresça. Mas é importante que a gente coloque o povo mais humilde para subir na escala social deste país”, explicou.

“Eu não sou o pai dos pobres. Eu sou um pobre que chegou à presidência da República”, ponderou Lula. “Eu nada mais sou do que um de vocês, que teve a oportunidade de vir aqui […] eu sei o que é a fome, eu sei o que é desemprego, eu sei o que é ir morar em enchente, eu peguei cinco na minha vida […] eu sei o que é acordar de noite com água da casa”, disse. “Esse país não pode continuar assim”.

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