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“Não queremos fazer parte da política”, afirma o comandante do Exército Brasileiro

"O fato de, eventualmente, militares serem chamados a assumir cargos no governo, é decisão exclusiva da administração do Executivo", ressaltou o general Pujol. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O comandante do Exército Brasileiro, general Edson Leal Pujol, disse, durante uma transmissão ao vivo por uma rede social, que os militares não querem “fazer parte” da política nem querem que a política “entre” nos quartéis.

Pujol deu a declaração depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que “quando acaba a saliva, tem que ter pólvora” ao se referir à possibilidade de o País ser alvo de sanções por conta do desmatamento na Amazônia. A fala de Bolsonaro gerou críticas de parlamentares e uma onda de piadas nas redes sociais, muitas com referências ao Exército Brasileiro.

Na noite de quinta-feira (12), o comandante do Exército participou de um evento virtual promovido pelo Instituto para Reforma das Relações Entre Estado e Empresa. “Não queremos fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos queremos que a política entre dentro dos nossos quartéis. O fato de, eventualmente, militares serem chamados a assumir cargos no governo, é decisão exclusiva da administração do Executivo”, ressaltou o general gaúcho.

Segundo Pujol, nos dois anos em que ele está à frente do Exército, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas se preocuparam “exclusivamente e exaustivamente” com “assuntos militares”.

“A respeito da política e dos militares, o que eu tenho a dizer é que, nesses dois anos, o Ministério da Defesa e as três Forças se preocuparam exclusivamente e exaustivamente com assuntos militares. O nosso diagnóstico é de que precisamos aumentar, e muito, a nossa capacidade operacional”, disse o general.

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