Jair Bolsonaro não promoverá reforma ministerial, mas a hora dos ministros da Educação e do Turismo vai chegar, e sem demora, dizem políticos governistas, animados com a possibilidade de influenciarem na escolha dos substitutos. O presidente reconhece a lealdade dos ministros Abraham Weintraub e Marcelo Alvaro Antonio, mas a dupla virou um problema que lembra a situação de cadáveres insepultos. “Não tem prazo”, avisa importante líder, “mas esses dois vão rodar”.
A demissão mais difícil
Apesar de usina de problemas, Weintraub agrada o presidente por encarar setores hostis. De quebra, ainda arranca risadas do chefe.
Placa ‘saída’ é logo ali
Do tipo que “não abandona os seus”, Bolsonaro decidiu dar nova chance ao ministro da Educação, mas a porta de saída está próxima.
Quieto, mas nas últimas
O ministro do Turismo, mais esperto, evita fazer marola esperando que o esqueçam. Até a próxima operação da Polícia Federal.
Caprichando na escolha
Assim como celebra a ideia de Rogério Marinho no Desenvolvimento Regional, o presidente quer acertar em cheio, no MEC e no Turismo.
Advogados se articulam por nova vaga no STJ
Advogados de todo o País, especialmente de Brasília, articulam-se na OAB para tentar emplacar a vaga do ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que pode se aposentar antes da hora em razão dos problemas de saúde. Ministro tão rigoroso quanto admirado, Fischer está afastado desde julho, mas pode permanecer ministro até agosto de 2022, quando completa os 75 anos que obrigam a aposentadoria.
Decisão própria
Amigos mais próximos de Fischer dizem que ele está disposto a voltar ao STJ. Na OAB, acham que Fischer vai pendurar a toga em breve.
Duas indicações de Bolsonaro
No STJ, o próximo ministro a se aposentar compulsoriamente seria Napoleão Nunes Maia Filho, em dezembro deste ano.
Nome citado
Um dos mais citados entre advogados, o criminalista Alberto Toron tem se articulado com os colegas para ocupar a vaga de Félix Fischer.
Bilhete azul com carinho
Regina Duarte mostrou que o jeito doce não pode ser confundido com falta de autoridade: mandou embora a secretária executiva de Cultura, Jane Silva, que se comportava como se fosse a dona do lugar.
Chanceler cara-de-pau
O chanceler da Argentina, Felipe Solá, que fez declarações agressivas contra o Brasil e o presidente Jair Bolsonaro, visitará Brasília nesta quarta (12). Ele é dono, como se vê, de lustrosa cara-de-pau.
5G já em 2021
O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, avisou que a agência reguladora fará leilão de venda de frequências em novembro deste ano. Com isso, a tecnologia de 5G poderá chegar ao Brasil em 2021.
Vai sair de graça?
O Planalto ainda não informou se vai à Justiça para que Vicente Santini, o ex-secretário executivo da Casa Civil, devolva os R$300 mil do custo estimado pelo seu passeio por sete países nas asas da FAB.
Muito alarde, pouco trabalho
Esta semana, Assembleias Legislativas e até a Câmara realizaram sessões comemorativas para marcar o início dos trabalhos. Só quem não é habituado a dar duro faz tanto alarde por algo que é obrigação.
Barão fez História
Esta segunda (10) é o 108º aniversário da morte de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, uma das figuras mais importantes da História, fundador da diplomacia brasileira, das mais competentes do mundo. Mais de 300 mil compareceram ao enterro.
Embromation
Criada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a “Comissão sobre Competência Legal para Investigação” vai se encontrar na quarta-feira (12) com o presidente do STF, Dias Toffoli. São 34 membros.
CCJ volta à ativa
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado se reunirá na quarta com 54 itens na pauta de votações. São três propostas de emenda à Constituição, inclusive a que altera as regras para nomeação de ministros do Supremo Tribunal Federal, e dezenas de projetos de lei.
Pensando bem…
…Bolsonaro está esperando que os adversários chamem de “sequestro” o resgate dos brasileiros e de “cativeiro” a quarentena.
PODER SEM PUDOR
Jânio, réu confesso
Jânio Quadros tinha o hábito de convidar amigos e jornalistas para conversar em sua casa, antes de voltar à política em 1985, quando seria eleito prefeito de São Paulo. Os encontros eram sempre regados a muita bebida. Por esse motivo, às vezes a conversa girava em torno de preferências etílicas. Numa delas, sobre cachaça, Jânio se lembrou que tinha guardada uma verdadeira preciosidade. Levantou-se e foi buscar a garrafa da bendita. Enquanto procurava e não encontrava, o ex-presidente praguejava sem parar. Após alguns minutos finalmente achou-a, mas lamentou: “Roubar não roubaram-na. Fizeram pior: beberam-na!” (Com André Brito e Tiago Vasconcelos)