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Economia “Não sei o que fazer quando sair do Banco Central, só sei que não serei político”, diz o presidente da autoridade monetária brasileira

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Campos Neto disse que aprendeu muito nos seis anos à frente do BC.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Campos Neto disse que aprendeu muito nos seis anos à frente do BC. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que não sabe ainda o que fará depois que deixar a presidência da instituição, em 31 de dezembro, mas que sabe o que não quer fazer.

“Não serei político e nem vou trabalhar no governo”, disse durante participação em um evento organizado na noite de quarta-feira (2).

De acordo com o banqueiro central, o que é certo, por enquanto, é que ele terá seis meses de quarentena, um período sabático, que será bom para descansar e estudar.

Campos Neto disse que aprendeu muito nos seis anos à frente do BC. “Sou muito grato ao Banco Central, foi um período muito feliz na minha vida, mas eu gostaria de voltar para a iniciativa privada”, disse.

Apostas

Campos Neto abordou também uma das principais preocupações do País no momento, as apostas online, conhecidas como “bets”. Para o BC, o temor em relação ao jogo online gira em torno do seu potencial de aumentar a inadimplência dos consumidores. Esse foi um dos pontos que motivaram a autarquia a produzir um estudo sobre o tema, afirmou.

“Estava aparecendo (nos dados) que estava indo para um caminho de gerar inadimplência nas classes mais baixas da população, que é superpreocupante”, explicou.

Campos Neto repetiu que não cabe ao BC fazer política pública sobre o tema das bets, mas defendeu que era importante demonstrar que muitas pessoas beneficiárias do programa Bolsa Família estavam destinando parte dos recursos às bets.

Segundo o estudo, 5 milhões de beneficiários enviaram R$ 3 bilhões às empresas de aposta via Pix em agosto, embora o BC estime que as empresas retenham apenas 15% do valor.

Citando a experiência internacional, Campos Neto disse considerar importante que empresas que concedem crédito não possam ser donas de bets. “E a gente discute no Banco Central, claramente, óbvio, que não faz sentido o banco ter bet, isso é, na nossa interpretação, uma coisa que não deveria existir”, disse.

Sucessor

Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para assumir pelos próximos quatro anos o cargo de presidente do Banco Central do Brasil, será sabatinado na próxima terça-feira (8) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Caso aprovado após a sabatina, que começa às 10h, Galípolo terá o nome apreciado pelo Plenário ainda na terça. A indicação do economista tem como relator na CAE o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).

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