O ministro da Economia, Paulo Guedes, não se assusta com as multinacionais que ameaçam fechar suas fábricas, caso não obtenham novos benefícios fiscais. Segue a linha que preconiza a análise dos setores em que a desoneração tributária mais se traduz em redução de preço e não se transforma em margem de lucro. O corte de imposto tem de chegar até o comprador do produto. Rara precisão na defesa do interesse público.
Integram-se
Entre os 55 deputados estaduais que assumirão na quinta-feira, oito nasceram fora do Rio Grande do Sul: Airton Lima (Fortaleza), Capitão Macedo (Cambará, Estado do Paraná), Elizandro Sabino (São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro), Eric Lins (Rio de Janeiro), Fran Somensi (São Jorge d’Oeste, Estado do Paraná), Neri Andrade Pereira Júnior (São Joaquim, Estado de Santa Catarina), Sebastião Melo (Piracanjuba, Estado de Goiás), Vilmar Lourenço (Santa Cecília, Estado de Santa Catarina).
Crime inominável
Brumadinho é uma área natural com trechos da Mata Amazônica e muitos cursos d’água. Pelo município passa o rio Paraopeba que abastece de Contagem até Belo Horizonte. Foi contaminado pela lama da barragem.
Canalhas
Esperava-se que o desastre de Mariana, há três anos, servisse de lição para governos irresponsáveis e empresas inescrupulosas, não se repetindo. Vê-se, agora, que para o setor público interessam os royalties da mineração e à iniciativa privada, o lucro a qualquer preço.
No reino das desculpas
Hipócritas, as empresas de mineração afirmam que fazem o que está previsto na lei. Então, que os governantes preguiçosos e incompetentes tornem as exigências mais rigorosas.
Para sair da mesmice
Amanhã, em Brasília, haverá reunião para formar o Centrão no Senado. A intenção é juntar 12 partidos e 50 dos 81 senadores em um bloco.
Vale tudo
O novo Centrão quer estar consolidado antes da eleição para a mesa diretora, que ocorrerá a 1º de fevereiro. Como num jogo de xadrez, as peças mudam de casa e não param.
Vergonhoso
Em eleições do Senado, princípios e valores têm sido substituídos por oportunismo e desfaçatez. Às vezes, abrem-se as portas do showroom da corrupção.
Não fujam
O que o futuro Congresso Nacional precisa analisar é a relação de equivalência entre o que exigem do contribuinte de impostos e a devolução em serviços públicos de qualidade, nas áreas de saúde pública, educação e segurança.
Medo das reações
As mudanças que o País e os estados precisam executar é um desafio muito mais político do que técnico. Até agora, faltou coragem para conter as despesas desnecessárias que limitam a capacidade de investir. Será o único modo de elevar o interesse público ao primeiro plano.
Incerteza
A cada começo de governo vê-se o retorno da temporada de alianças instáveis. Oferecer cargos a novos aliados não é tudo. Em poucas semanas, os resultados dos painéis nos legislativos vão revelar a realidade.
Há 10 anos
A 27 de janeiro de 2009, o governo da Itália convocou seu embaixador em Brasília, Michele Valensise, que embarcou para Roma. O gesto representou o protesto contra a concessão de refúgio político ao terrorista Cesar Battisti, condenado à prisão perpétua.
Água fria
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou “exagerada” a reação das autoridades italianas sobre o refúgio a Battisti. Orientou seus auxiliares a não entrar no bate-boca com objetivo de esfriar a crise entre os dois países.
Revólveres em profusão
Com ou sem decreto sobre armas, o Brasil é a reedição do Velho Oeste dos Estados Unidos no século 19.