Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A direção nacional do PT lançou ontem documento com informações já conhecidas: 1ª) Fernando Haddad é o novo líder político do partido; 2ª) fará oposição forte ao futuro governo federal. Em relação ao primeiro item, terá valor apenas externo. O ex-presidente Lula continuará dando as cartas. Quanto ao segundo, poderia ter convidado outros partidos, assumindo a coordenação de uma frente. Para não correr o risco de recusas, prefere andar em faixa própria.
Diferenças
O governador José Ivo Sartori teve, na Assembleia Legislativa, a situação dos pesadelos. Mesmo com maioria dos votos, não conseguiu aprovar projetos fundamentais. Eduardo Leite começará a gestão com a oposição dos sonhos. Mesmo sendo minoria, os adversários estão desorganizados e, dificilmente, vão atuar unidos.
Disse tudo
Um economista, que assessora a equipe do futuro governo estadual, assustado com a projeção do orçamento para 2019, resumiu ontem o que acha: “É muito chão para pouca enxada”.
A favor do aumento
A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul fez pesquisa, e nem precisava, para mostrar que 86 por cento dos prefeitos são favoráveis à proposta de manter a alíquota elevada do ICMS por mais dois anos. O motivo é claro: recebem 25 por cento da arrecadação do Imposto. Se houver redução, a penúria aumentará. O resultado mostrou que 14 por cento ainda não estão com o cinto no pescoço.
Quanto
Por diferença de um voto, os deputados estaduais aprovaram, na madrugada de 23 de setembro de 2015, o aumento da alíquota básica do ICMS de 17 para 18 por cento. A de energia elétrica, gasolina, álcool e telefonia foi a 25 por 30 por cento, com validade a partir de 2016. O prazo fixado de três anos se esgotará no dia 31 deste mês.
Prestação de contas
Sartori deveria seguir o exemplo de outros estados, apresentando o balanço das obras paradas por falta de dinheiro. Em Minas Gerais, o relatório de Fernando Pimentel, do PT, apontou: são 64.
Menos fatias
No final deste mês, 14 partidos receberão pela última vez a famosa quota do Fundo que os sustenta. São: Rede, Patriota, PHS, DC, PC do B, PCB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PRTB, PSTU e PTC. Na recente eleição à Câmara dos Deputados, não cumpriram o que determina a cláusula de desempenho, prevista na emenda constitucional 97. A partir do próximo ano, os 900 milhões do Fundo serão repartidos por 21 partidos e não mais entre 35 partidos.
Falta entusiasmo
O Produto Interno Bruto, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cresceu 1,7 por cento no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2017. O dado é animador e sinal de que o país começa a deixar a crise para trás. O governo Temer, porém, anda tão apagado que nem fez questão de ressaltar o fato.
Consagram autoproteção
O projeto de emenda constitucional, que põe fim ao foro privilegiado para 513 deputados federais e 81 senadores, arrasta-se desde 2007. Há várias formas de adiar o encaminhamento pelas comissões: uma vírgula a mais ali, um ponto a menos no artigo x, y ou z e por aí vai.
Sem aviso prévio
O jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista Cubano, relata em reportagem a situação de pacientes brasileiros que ficaram desassistidos com o rompimento do Programa Mais Médicos. Só não completou, dizendo de quem partiu a ordem de retorno urgente à ilha caribenha, sem aviso prévio.
Regra vem de longe
“Dê ao homem tudo o que deseja e ele imediatamente achará que tudo não é tudo”. O antigo ditado russo se enquadra no atual debate de Brasília sobre teto salarial e outros benefícios no serviço público.
Caneta em ação
Fim de ano costuma ser assim: os azuizinhos em Porto Alegre passam a viver dias de fúria arrecadatória.
Nova forma
Antes, para fazer um plano de governo, bastava uma caneta e muito papel em branco. Agora mudou para um teclado à frente, uma tela de computador e um monte de sonhos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.