Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2023
Na tarde de domingo (8), manifestantes bolsonaristas invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, quebrando vidraças e causando danos, em uma tentativa de insurreição contra o governo Lula, que tomou posse no começo de 2023.
O presidente Lula se pronunciou no final da tarde de domingo. A assessoria do presidente transcreveu partes de seu discurso no Twitter. Durante o discurso, Lula anunciou uma intervenção federal no governo do Distrito Federal, e pediu que insurreicionistas sejam responsabilizados legalmente.
“Aproveitaram o silêncio do domingo, quando ainda estamos montando o governo, para fazer o que fizeram. E vocês sabem que existem vários discursos do ex-presidente estimulando isso. E isso também é responsabilidade dele e dos partidos que sustentaram ele”, disse o presidente.
O ministro da Justiça Flávio Dino usou o Twitter para criticar a insurreição e disse que o governo do Distrito Federal irá agir. “Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, publicou Flávio Dino.
Horas após o começo da insurreição, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se manifestou pelo Twitter. Em uma thread, Lira disse que os responsáveis pelos atos golpistas serão identificados e punidos.
“O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo”, escreveu Arthur Lira no microblog.
O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) pediu que os golpistas fossem responsabilizados e presos. “PM do DF permitiu absurdamente a entrada de bolsonaristas no Congresso Nacional e a aproximação ao Palácio do Planalto. Os golpistas, com ou sem farda, têm que ser responsabilizados e presos!”, pontuou Guilherme Boulos.
Já o deputado André Janones (Avante-MG) afirmou que alguns parlamentares fazem parte de grupos e canais dos insurreicionistas, e pediu a cassação de seus mandatos. “Tem parlamentar eleito que, apesar de não ter tomado posse ainda, já foi diplomado e que está em grupos de aplicativos de mensagens incentivando os atos terroristas. Como Deputado digo a vocês que não toleraremos bandidos travestidos de parlamentares no Congresso. Serão cassados”, postou André Janones no Twitter.
Sérgio Moro, senador eleito em 2022 pelo União Brasil (partido que possui 2 ministros no governo Lula), ex-juiz e ex-ministro da Justiça, apoiou os manifestantes e criticou a “repressão” do governo Lula contra os golpistas.
“O novo Governo Lula iniciou mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados. De volta o loteamento político irrestrito de ministérios e estatais. Tudo em prol de uma misteriosa “reconstrução” sem qualquer rumo. Não é um bom começo”, disse Sergio Moro em sua rede social.
O deputado Bibo Nunes (PL-RS) também se posicionou de maneira favorável aos manifestantes, dizendo que a “voz do povo é soberana e deve ser respeitada! O Ministro da Justiça, que ameaçou o povo, deve pedir demissão imediatamente. Quem tem o mínimo de bom senso deve concordar”.