A Nasa adiou o lançamento da missão Artemis I, previsto para a tarde deste sábado (3). Segundo a agência espacial, as equipes não conseguiram consertar um problema relacionado a um vazamento na transferência de combustível para o foguete. Esta é a segunda vez que a operação é cancelada.
O hidrogênio líquido é um dos propulsores usados no grande estágio central do foguete. O vazamento impediu que a equipe pudesse encher o tanque, apesar de tentar vários procedimentos para solucionar o problema.
A primeira tentativa de lançamento, na segunda-feira (29), foi cancelada depois que vários imprevistos surgiram também enquanto o foguete estava sendo abastecido, incluindo em um sistema destinado a resfriar os motores do foguete e outros vazamentos.
O problema deste sábado foi diferente. Os controladores tentaram aquecer a linha para obter uma vedação firme, mas, após a retomada do fluxo, um novo vazamento surgiu. Os técnicos começaram, então, a “fechar a válvula usada para preenchê-lo e drená-lo, depois aumentar a pressão em uma linha de transferência terrestre usando hélio para tentar selá-lo novamente”, segundo a Nasa.
Esse plano também não foi bem-sucedido. A equipe tentou novamente a primeira proposta para aquecer a linha, mas o vazamento voltou a ocorrer depois que eles reiniciaram manualmente o fluxo de hidrogênio líquido.
A Artemis I inclui o foguete Space Launch System e a espaçonave Orion. A missão é apenas o começo de um programa que visa enviar humanos à Lua novamente e, eventualmente, pousar missões tripuladas em Marte.
Se a missão fosse lançada neste sábado, ela faria uma viagem ao redor da Lua e cairia no Oceano Pacífico em 11 de outubro. Ainda há uma oportunidade de backup para a Artemis I ser lançada em 5 de setembro.
Com a mudança, o foguete e a cápsula devem voltar ao VAB (sigla em inglês para Prédio de Montagem do Veículo), o enorme e icônico hangar que fica nos arredores das plataformas 39A e 39B, no Centro Espacial Kennedy da Nasa em Cabo Canaveral, na Flórida.
Essa foi a alternativa mais amarga, uma vez que o retorno ao prédio de montagem empurra uma nova tentativa de lançamento para outubro.
O retorno ao VAB se mostra obrigatório, por conta das baterias que alimentam o sistema de destruição remota do foguete, que precisam ser recarregadas e recertificadas.