Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2022
Enquanto voava na atmosfera de Marte pela 33º vez, o helicóptero Ingenuity registrou um objeto intrigante que não havia sido visto nas imagens do 32º voo. Um pequeno detrito de objeto estranho (“FOD”, na sigla em inglês) apareceu nas imagens capturadas pela câmera de navegação NAVcam, instalada na aeronave. Segundo a Nasa, o objeto não afetou os resultados do voo mais recente do Ingenuity.
Oficiais do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), na Nasa (agência espacial norte-americana), descreveram que eles estão estudando o pedacinho de detrito que acabou preso no “pé” do Ingenuity durante o voo. “Tem algo no seu pé, #MarsHelicopter!”, escreveram no Twitter. A publicação trouxe também uma breve animação, mostrando que o detrito caiu.
A agência espacial norte-americama descreve que o objeto foi observado nas primeiras imagens do voo, e seguiu presente até a metade delas; depois, ele caiu do “pé” do helicóptero e desceu à superfície de Marte. “Todos os dados de telemetria do voo e pós-voo são nominais, e não indicam danos ao veículo”, acrescentou. Agora, as equipes do rover Perseverance e do helicóptero estão investigando a origem do objeto.
O Ingenuity chegou ao Planeta Vermelho no ano passado, preso ao rover Perseverance. A pequena aeronave fez história com a realização de seu primeiro voo em abril daquele ano e, desde então, já chegou ao total de 33 voos realizados na atmosfera marciana. Juntos, eles somam cerca de uma hora de voo sobre a superfície do planeta.
Asteroides
Cálculos realizados pela Nasa estimam em 25 000 o número de asteroides próximos da Terra. Vez ou outra, algum deles cai sobre o planeta. Na última década, a Nasa vem ampliando os investimentos na exploração de Marte. Ao mesmo tempo, mas sem a mesma visibilidade, criou uma célula para estudar mecanismos capazes de reduzir o risco que a colisão de um asteroide traria para o planeta.
Conclui-se que atingir em cheio objetos celestes seria a estratégia mais apropriada, e a análise dos testes feitos há alguns dias trará respostas definitivas para o desafio. Em 2016, a agência espacial divulgou um documento informando que monitorava 244 objetos cósmicos próximos da Terra.
No futuro, talvez seja o caso de abalroá-los para afastar a possibilidade de que nos atinjam. As ferramentas de monitoramento estão sendo aprimoradas. Em 2026, a Nasa planeja pôr em órbita o telescópio NEO Surveyor, cujo sistema de câmera infravermelha escaneará o cosmos durante doze anos em busca de objetos que ponham o planeta em risco.