Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2024
A Nasa, agência espacial norte-americana, vai lançar nesta terça-feira (23) a primeira espaçonave capaz de navegar pelo espaço como um ” barco a vela”. Conhecida como Sistema de Vela Solar de Compósito Avançado, a nave será lançada pela empresa Rocket Lab, do Complexo de Lançamento 1, na Península de Mahia, na Nova Zelândia. As velas solares usam a pressão da luz solar para propulsão, eliminando sistemas de propulsão mais pesados e com alcance limitado.
Assim como um veleiro consegue usar o vento para se movimentar, a vela solar aproveita e reflete a luz solar para gerar propulsão. Partículas de luz, conhecidas como fótons, não têm massa, mas quando batem em uma superfície reflexiva, como o material semelhante ao da vela solar, transmitem parte de seu impulso. No vácuo do espaço, e com fótons suficientes, uma grande quantidade de energia pode ser transferida para uma vela solar ao longo do tempo.
Quando usada em um sistema solar no qual a radiação solar é abundante, uma vela solar pode continuar absorvendo esse impulso para acelerar enquanto a luz for refletida nela. Isto significa que naves movidas por velas solares podem atingir velocidades muito altas, muito mais rápidas do que um foguete com combustível líquido.
As principais vantagens das velas solares são que não necessitam de combustível e são muito leves. Neste experimento, a vela ocupa uma área de 1.652 metros quadrados quando totalmente aberta. Ela é feita de um material polímero revestido com alumínio de espessura microscópica, menor que a largura de um fio de cabelo humano.
“No futuro, poderemos colocar grandes lasers no espaço que direcionam seus feixes para as velas à medida que elas partem do sistema solar, acelerando-as a velocidades cada vez mais altas, até que eventualmente estejam indo rápido o suficiente para alcançar outra estrela em uma quantidade razoável de tempo”, disse Johnson no comunicado.
“Lago de vidro”
A espaçonave Juno, da Nasa, fez sobrevoos próximos em Io, uma das 95 luas de Júpiter, revelando uma montanha e um lago de lava quase liso. As novas descobertas foram anunciadas no último dia 16 de abril, pelo principal investigador da missão, Scott Bolton, em coletiva de imprensa na Assembleia Geral da União Geofísica Europeia em Viena, na Áustria.
Entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, a sonda Juno realizou sobrevoos a cerca de 1.500 quilômetros da superfície de Io, obtendo as primeiras imagens aproximadas das latitudes norte da lua.
“Também obtivemos algumas imagens excelentes e outros dados sobre um lago de lava de 200 quilômetros de comprimento chamado Loki Patera. Há um detalhe incrível mostrando essas ilhas loucas embutidas no meio de um lago de magma potencialmente circundado por lava quente”, detahla Bolton, em comunicado. “O reflexo especular que nossos instrumentos registraram do lago sugere que partes da superfície de Io são lisas como vidro, reminiscentes de vidro obsidiano criado por vulcões na Terra.”
Polos diferentes
Mapas feitos com dados do Radiômetro de Micro-ondas (MWR) da sonda Juno mostram que Io tem uma superfície relativamente lisa em comparação com outras luas de Júpiter. Além disso, seus polos são mais frios que as regiões de latitude média.
Mas a equipe da Nasa também tem olhado para Júpiter, em especial o polo norte do planeta. Foi assim que eles observaram um ciclone central no polo norte. “Ele é claramente visível em imagens de infravermelho e luz visível, mas sua assinatura de micro-ondas não é nem de longe tão forte quanto a de outras tempestades próximas. Isso nos diz que sua estrutura subsuperficial deve ser muito diferente desses outros ciclones”, explica Steve Levin, cientista do projeto Juno no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da Nasa.