Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de junho de 2024
A Nasa mostrou nessa sexta-feira (14) a nebulosa que vem sendo chamada de Torre do Diabo, na imagem destacada do dia em seu site oficial. O registro, feito pelo fotografado por Martin Pugh, integra o catálogo astronômico de Rodgers, Campbell e Whiteoak, de 1960, e explora a região de emissão RCW 85.
Ao todo, foram necessárias 28 horas de exposição para que os detalhes da nebulosa fossem capturados na fotografia. Todos os dias, a Nasa apresenta uma fotografia diferente de partes variadas do universo, sempre acompanhada de uma breve explicação escrita por um astrônomo profissional.
“Sugerindo formas dramáticas no berçário estelar, onde nuvens natais de gás e poeira são esculpidas por ventos energéticos e radiação de estrelas recém-nascidas, a tentadora nebulosa tem sido chamada de Torre do Diabo. Esta estrutura telescópica abrangeria cerca de cem anos-luz a uma distância estimada de RCW 85″, diz o texto da agência espacial americana.
Projeto astronômico
Já o Brasil fará parte do maior projeto astronômico em desenvolvimento no mundo: o Andes (Espectrógrafo Echelle de Alta Dispersão). A ferramenta será instalada no European Extremely Large Telescope (EELT) e vai permitir a evolução das buscas por sinais de vida em exoplanetas e a possível detecção das primeiras estrelas do universo.
Um acordo assinado no início deste mês incluiu a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Observatório Nacional (ON) no documento que autorizou o início das construções do Andes.
O objetivo do espectrógrafo é estudar atmosferas de exoplanetas semelhantes à Terra — buscando sinais de vida — e analisar elementos químicos de objetos distantes para tentar se tornar o primeiro instrumento a detectar sinais das primeiras estrelas nascidas no Universo.
“Além das inúmeras perspectivas científicas em várias áreas da Astronomia, o Andes também oferece uma oportunidade única de testar aspectos fundamentais em Cosmologia e Física Teórica como, por exemplo, a universalidade das leis da Física, a evolução da temperatura da radiação cósmica de fundo e o mapeamento da história da expansão do universo”, disse Jailson Alcaniz, diretor do Observatório Nacional e membro do grupo de cosmologia e física fundamental do projeto Andes/ELT/ESO, em um comunicado à imprensa.
Analisando os comprimentos de onda dos raios de luz, o Andes permitirá que os astrônomos identifiquem detalhes de objetos no espaço, como sua composição química. Esse é o dispositivo que pode atingir recordes de precisão na análise da luz visível do Universo.
O EELT, projeto que incluirá o Andes, tem previsão para conclusão até o final da década de 2020 e será o maior telescópio óptico do mundo. Sua construção está acontecendo no deserto do Atacama, no norte do Chile. As informações são da CNN Brasil.