Por Redação O Sul | 5 de junho de 2015
Um jeito inovador de investir no setor imobiliário brasileiro está disponível para qualquer pessoa, com negociação desburocratizada e 100% on-line. No Urbe.me ( www.urbe.me ) – primeiro “equity crowdfunding” imobiliário do país –, o pequeno investidor e o pequeno empreendedor imobiliário encontram-se para fomentar uma nova prática em um mercado onde as grandes cifras e as grandes obras costumam imperar. O projeto idealizado pelo administrador de empresas Paulo Deitos e pelo arquiteto Lucas Obino permite um aporte mínimo de 1 mil reais e a possibilidade de ajudar a construir empreendimentos com impacto urbano positivo.
A ideia é, de um lado, valorizar a arquitetura autoral e os critérios da sustentabilidade, atraindo para o portal aqueles pequenos projetos que teriam dificuldade de sair do papel sem o financiamento coletivo. E, de outro lado, facilitar à pessoa física de qualquer faixa de renda investir seu dinheiro no empreendimento imobiliário que considere mais adequado, oportunidade antes restrita a grandes investidores. Para isso, o Urbe.me vai disponibilizar um catálogo digital de empreendimentos regulamentados pelo Mercado de Capitais, que poderão arrecadar individualmente até 2,4 milhões de reais no período de 12 meses.
Para Deitos, o Urbe.me democratiza o acesso ao investimento imobiliário e colabora para colocar em pé projetos com dificuldade de acesso a financiamento. “Vamos ajudar o pequeno empreendedor a arrecadar capital para desenvolver sua ideia.” Na outra ponta, o investidor não só aplica seu dinheiro, mas escolhe o que quer ver construído. “O Urbe.me quebra preconceitos no setor e dá ao consumidor o poder de decidir onde investir”, destaca Obino. A própria configuração da empresa tem um apelo coletivo, pois reúne sete sócios de diferente áreas. Além de Deitos e Obino, integram o negócio Giancarlo Chiapinotto, Carolina Souza Pinto, Manoela Obino, Cristiano Selbach e Franco Miotto.
Neste primeiro ano, eles estimam calculam um ticket médio de investimento entre 10 mil e 20 mil reaias. Após a venda de todas as unidades do imóvel, o valor investido é corrigido e devolvido dentro de um prazo máximo de cinco anos. “Vamos buscar empreendimentos que possam oferecer uma taxa de retorno acima da Selic, mas nunca é demais lembrar que o rendimento pode variar – para mais ou para menos – de acordo com a valorização do imóvel”, diz Deitos.
Sob o signo da ousadia – O Urbe.me nasce do encontro de dois jovens empreendedores gaúchos com aspirações semelhantes. O arquiteto Lucas Obino, 32, e o administrador de empresas Paulo Deitos, 33, buscavam uma fórmula que permitisse aos pequenos empreendedores captar recursos para dar andamento a seus projetos. Obino, já sócio de uma empresa de arquitetura e engenharia, começou a pesquisar o setor da construção civil, partindo do modelo de compras compartilhadas. Deitos tinha como referência a prática de um banco inglês, onde os poupadores decidiam para quem emprestar o dinheiro.
