Sábado, 02 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No mundo de tantas incertezas, há fatos dos quais não duvidamos. Eles estão lá, marcados no calendário. É o caso do Natal. Sai ano, entra ano, o 25 de dezembro sobressai em vermelho.
A cidade se enfeita. Luzes fazem a festa. Shoppings esnobam bom gosto e criatividade. Papais Noéis acolhem adultos e crianças. Pinheirinhos cheios de presentes aguardam a chegada da noite mágica para distribuir agrados a quem aparecer. Viva!
Que tal lembrar a etimologia de Natal? A palavra nasceu no latim e formou uma família muito grande. Todos os membros do clã, próximos ou distantes, têm a ver com o significado original — nascimento.
Eis exemplos: terra natal, cidade natal (onde ocorre o nascimento), taxa de natalidade (percentagem de nascimentos de uma comunidade em determinado período), aniversário natalício (o dia do nascimento), natividade (nascimento, em especial o de Cristo e dos santos).
Pisca-pisca
Natal que se preze tem bolas coloridas e luzinhas que brilham aqui e ali. Elas recebem o nome de pisca-pisca. Pinta, então, a pergunta: qual o plural da duplinha? Eis a regra: só o último elemento vai para o plural se o substantivo for formado por elementos onomatopaicos ou palavras repetidas: bem-te-vis, tico-ticos, reco-recos, quero-queros, quebra-quebras, tique-taques. E, claro, pisca-piscas.
Bom apetite
Dois verbos fazem a festa no Natal. Um deles: cear. O outro: presentear. Ambos se conjugam do mesmo jeitinho: ceio (presenteio), ceia (presenteia), ceamos (presenteamos), ceiam (presenteiam); que eu ceie (presenteie), que ele ceie (presenteie), que nós ceemos (presenteemos), que eles ceiem (presenteiem); cearei (presentearei), cearíamos (presentearíamos), ceando (presenteando), ceado (presenteado).
Votos
Ninguém escapa. Fim de ano é época de presentes. A lembrancinha vai acompanhada de cartão. Na hora de escrever a mensagem, a dúvida bate. Aconteceu com João Rafinha. Ele comprou um romance. Redigiu a dedicatória: “Espero que o livro possa contribuir… ops! Para ou com?
Contribuir para significa concorrer para chegar a determinado fim: Espero que o livro contribua para o seu sucesso. O luxo contribui para a ruína.
Contribuir com dá outra acepção ao verbo. Quer dizer pagar contribuição, tomar parte de uma despesa comum: Contribui com dinheiro. Contribuiu com R$ 50 para pagar a conta.
Cumprimento
Boas-festas se escreve assim — com hífen.
Eles disseram
“Ideias para prendas de Natal: Para os inimigos, o perdão. Para um adversário, a tolerância. Para um amigo, o coração. Para todas as crianças, um bom exemplo. Para si próprio, sem dúvida, respeito.” (Oren Arnold)
“É Natal sempre que deixares Deus amar os outros através de ti. Sim, é Natal sempre que sorrires ao teu irmão e lhe ofereceres a tua mão.” (Madre Teresa de Calcutá)
“Se minha namorada não serás / Na árvore de Natal enforcado me encontrarás.” (Ernest Heminguay)
Leitor pergunta
Gostaria de saber por que a missa do galo se chama missa do galo. Pode me dizer? – Arlinda Borges, BH
A invenção foi de São Chiquinho de Assis. A missa começava à meia-noite de 24 de dezembro. Durava um tempão. Quando os fiéis saíam da igreja, os galos estavam cantando. Daí o nome missa do galo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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