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Achado histórico: navio Endurance é encontrado 107 anos após naufrágio na Antártica

O navio é o Endurance, que foi comandado pelo explorador Ernest Shackleton no começo do século 20 e naufragou em novembro de 1915 (Foto: Reprodução)

Os destroços de um navio que naufragou na Antártica, no Polo Sul, há mais de 100 anos, foram encontrados por uma equipe de buscas há mais de 3.000 metros de profundidade. O anúncio da descoberta foi feito nesta quarta-feira (9).

O navio é o Endurance, que foi comandado pelo explorador Ernest Shackleton no começo do século 20. Com três mastros, o navio naufragou em novembro de 1915. Shackleton estava tentando fazer a primeira travessia por terra da Antártica.

Outras tentativas de encontrar o naufrágio fracassaram por causa das condições do tempo no Mar de Weddell, onde está o navio. A localização foi definida pelo capitão da embarcação, Frank Worsley, em 1915. O Endurance foi encontrado a cerca de seis quilômetros da posição descrita pelo capitão.

A missão que encontrou o naufrágio chama-se Endurance22, e foi organizada por um fundo das Ilhas Malvinas. Eles empregaram veículos subaquáticos que têm câmeras de alta definição e scanners para rastrear o que há no fundo do mar.

As imagens mostram que o barco está em boas condições —é possível ver claramente o nome no navio. “Estamos muito felizes pela nossa sorte, esse é, de longe, o melhor naufrágio de navio de madeira que já vi, está intacto, em um estado brilhante de conservação”, disse Mensum Bound, diretor da expedição.

O grupo que encontrou o naufrágio é liderado pelo explorador britânico John Shears. Eles trabalharam em uma embarcação sul-africana que quebra gelo, a Agulhas II. Além de buscar o naufrágio, a equipe também pesquisa efeitos da mudança climática.

Uma das grandes histórias de sobrevivência da humanidade

Em 1915, a equipe inteira do Endurance (28 marinheiros) conseguiu voltar para casa. Essa é considerada uma das grandes histórias de sobrevivência da humanidade.

Eles atravessaram pelo gelo formado no mar, comendo focas e pinguins, até que conseguiram navegar em três barcos de salva-vidas e chegar até a ilha de Elephant, que é inabitada.

De lá, Shackleton e alguns marinheiros remaram 1.300 quilômetros em um dos barcos de salva-vidas até a ilha de Georgia do Sul. Uma estação de caça de baleias ajudou os náufragos. Shackleton fez várias tentativas para resgatar o resto de sua equipe, e conseguiu leva-los para a terra na quarta vez.

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