Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2019
Enquanto aguarda a definição do julgamento dos embargos de declaração no caso do triplex no STJ (Superior Tribunal de Justiça), Lula segue dizendo que não quer sair da cela para ficar em regime semiaberto. O petista quer a absolvição ou a anulação da sentença. Segundo seus interlocutores, seria o primeiro caso de condução coercitiva para progressão de regime.
Os que o visitam na carceragem da PF (Polícia Federal) dizem que nem a possibilidade de casar com a socióloga Rosângela da Silva o faz mudar de ideia – plano que segue apesar da mudança dela de Curitiba para Foz do Iguaçu.
Janja, como é conhecida, é servidora da Itaipu Binacional. Morando a 635 km de Lula, a namorada o visita ao menos uma vez por mês desde que deixou a capital do Paraná. Segundo parecer do MPF (Ministério Público Federal), Lula já teria direito direito ao regime semiaberto. A defesa ainda aguarda definição do dia do julgamento.
Nesse processo, ele foi condenado a 8 anos, 10 meses e 20 dias. A expectativa é que esse ocorra em setembro. Na próxima semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) deve avaliar a suspensão do processo sobre o Instituto Lula.
Festival
Os 500 dias da prisão do ex-presidente Lula reuniu na tarde deste domingo (25), no Farol da Barra, na Bahia, militantes e apoiadores de partidos de esquerda e centrais sindicais no Festival Lula Livre. A iniciativa reuniu também artistas como os cantores Chico César e Dão, os grupos Ilê Ayê e Cortejo Afro, mais as cantoras Ana Cañas e Marcia Short além de outras atrações.
A manifestação foi mais um ato para pressionar Supremo Tribunal Federal a julgar os recursos a favor da liberdade de Lula, encaminhados pela defesa do petista, acusado no ano passado, pelo caso do triplex do Guarujá.
Recursos na Justiça
Preso pela Operação Lava-Jato, na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril de 2018, o ex-presidente Lula teve na última sexta-feira (23), um dos recursos negado pelo STF. A defesa contestou a autorização de perícia nos documentos da Odebrecht mantidos em sigilo durante o processo, sem que a defesa tivesse a oportunidade de se manifestar.
O recurso em questão, no entanto, mesmo que concedido não implicaria na libertação ou não do petista, já que o tema não era o foco da contestação. Na época, a perícia foi autorizada pelo ex-juiz Sérgio Moro, quando estava à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba. Nesta terça-feira (27), o STF deve julgar outro recurso de Lula. Desta vez, a defesa pede para que seja suspensa a ação penal sobre o Instituto Lula, que aguarda julgamento na primeira instância.