Quinta-feira, 27 de março de 2025
Por Redação O Sul | 24 de março de 2025
Palco do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por envolvimento na trama golpista, a sala de sessões da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) terá uma equipe reforçada de seguranças e contará com um espaço reservado para políticos e autoridades que desejem acompanhar a sessão.
O plenário do colegiado conta com 126 lugares e terá que passar por uma “dança das cadeiras” para acomodar todas as pessoas que irão comparecer ao julgamento, entre assessores da PGR, assessores dos ministros do STF, e integrantes das equipes jurídicas dos oito acusados.
O nível de verificação na entrada do edifício onde ficam as turmas do Supremo também foi ampliado pela equipe de segurança da Corte. Para isso, mais aparelhos de raio-x foram colocados no hall do prédio e a inspeção será ainda mais rigorosa.
Quem for acessar o STF entre terça (25) e quarta-feira (26) com destino às Turmas também passará por uma dupla barreira de entrada. A primeira delas ficará na entrada do STF situada ao lado da praça dos Três Poderes, e outra do lado de fora do prédio onde ficam os colegiados – no anexo 2-B, informalmente conhecido como “Igrejinha”.
Para a imprensa, a Corte colocará cadeiras extra no fundo da sala de julgamentos, e disponibilizará uma tenda onde fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas não credenciados poderão ficar. Dentro do plenário, apenas um integrante de cada veículo terá assento disponível.
Nesta terça, a Primeira Turma começa a decidir se recebe, ou não, a denúncia oferecida pela PGR contra Bolsonaro, e ex-ministros de seu governo, como Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres. Eles foram denunciados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Na denúncia da trama golpista, apresentada pela PGR no dia 18 de março, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que tentou golpe de Estado.
“A responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário de poder”, escreveu Gonet na denúncia. De acordo com a PGR, a suposta organização criminosa estava “enraizada na própria estrutura do Estado” e tinha “forte influência de setores militares”. (Com informações do jornal O Globo)