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O Brasil chegou a 49.976 mortes pelo novo coronavírus, com 1.022 óbitos registrados nas últimas 24 horas

Total de casos confirmados é de mais de 19 mil. (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (20) que o país atingiu 49.976 óbitos pelo novo coronavírus, com 1.022 mortes registradas nas últimas 24 horas. Ao todo, o país já registrou 1.067.579 casos de coronavírus. Além dos 34,6 mil diagnósticos confirmados entre sexta e sábado.

O país havia passado da marca de 1 milhão de confirmados na sexta-feira (19). O levantamento aponta ainda 520.734 pacientes recuperados e 496.869 casos em acompanhamento.

O Brasil já é o segundo país com mais óbitos e casos confirmados da doença, atrás apenas dos Estados Unidos nos dois índices.

São Paulo

O Estado de São Paulo alcançou neste sábado (20), 215.793 casos do novo coronavírus. Foram 4.135 registros nas últimas 24 horas. O número de óbitos chegou a 12.494, 262 mortes a mais do que na sexta-feira (19).

De acordo com o governo, entre os 645 municípios do Estado, houve pelo menos uma pessoa infectada em 601 cidades, sendo que 332 têm um ou mais óbitos. Entre as vítimas fatais, estão 7.222 homens e 5.272 mulheres. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 70,5% na Grande São Paulo e 66,5% no Estado.

O número de casos na sexta-feira bateu o recorde de 19.030 casos confirmados em 24 horas. De acordo com a gestão Doria, isso ocorreu porque houve um acúmulo de registros após ocorrer um problema durante dois dias da semana na atualização do dados via e-SUS. Segundo a secretaria de Saúde, o sistema já foi normalizado.
Uma das piores crises sanitárias da história

A covid-19 matou no Brasil, em três meses, mais do que outras doenças, catástrofes naturais, tragédias e mazelas urbanas, como a violência – problema endêmico no País. Com quase 50 mil vítimas fatais até este sábado, e com a transmissão do coronavírus em crescimento acelerado, a pandemia se consolida como uma das piores crises sanitárias da história.

O rastro de letalidade da covid-19 supera o deixado por armas de fogo, por acidentes (de trânsito, aéreos e marítimos), por doenças que protagonizaram epidemias recentes na história, como aids e dengue, e até mesmo por enfartes do coração – que integram o grupo de doenças que mais causam mortes no Brasil, as relacionadas ao sistema circulatório, como derrames, AVCs, hipertensão arterial, entre outras.

“E ainda não chegamos nem na metade da covid-19”, afirma o virologista Maulori Curié Cabral. Professor do Departamento de Virologia, do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele afirma que é cedo para um prognóstico de comparações. “Ainda estamos no começo da doença, em uma fase de curva achatada, em que não se sabe quando e como vai acabar. Depois que terminar é que poderemos ver o total de mortes e comparar.”

Descoberta em Wuhan, na China, em dezembro de 2019, a covid-19 chegou ao Brasil provavelmente no fim de janeiro. O primeiro caso de um brasileiro contaminado pelo coronavírus, do tipo Sars-CoV-2, foi confirmado oficialmente em 26 de fevereiro. Em menos de quatro meses meses, mais de 1 milhão de pessoas foram infectadas – equivalente a 0,5% da população brasileira. A primeira morte foi registrada em 17 de março: um morador de São Paulo, de 62 anos, com outros problemas de saúde.

Passados 95 dias desde então, a covid-19 vitimou 49.976 pessoas no Brasil. É mais do que o total de mortes por por algum tipo de isquemia no coração, que incluem enfartes, registradas entre janeiro e maio de 2019: 46,5 mil, segundo dados do Ministério da Saúde.

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