Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2024
Dentro do riquíssimo legado de Johann Sebastian Bach, uma das obras que mais se destacam é a Missa em Si Menor. No dia 31 de agosto, essa obra monumental será realizada pela primeira vez pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS). Cinco cantores líricos foram convidados para interpretar os solos da obra, que conta com participação especial do Porto Alegre Consort. O regente e também violoncelista da OSPA Diego Schuck Biasibetti conduzirá esta apresentação histórica no Complexo Cultural Casa da OSPA, em Porto Alegre. O concerto Bach Eterno inicia às 17h deste sábado (31). Os ingressos estão à venda pela Sympla, por valores entre R$ 10 e R$ 50.
Para interpretar a Missa, formada por passagens vocais e orquestrais de grande exigência, a OSPA convidou cinco solistas: as sopranos Marília Vargas e Maria Cristina Kiehr, o contratenor Paulo Mestre, o tenor Carlos Eduardo Santos e o barítono Norbert Steidl. Grupo vocal e instrumental que se dedica à interpretação da Música Antiga de compositores do século XVII e XVIII, o Porto Alegre Consort (ex-Coral Porto Alegre) acompanha a Orquestra no palco durante todo o concerto. Ao convidar o conjunto, o maestro Diego Schuck Biasibetti, que é regente do Porto Alegre Consort, propôs homenagear sua criadora, Gisa Volkmann. “A Gisa sempre trabalhou com preparação técnica de coro não só em Porto Alegre, mas em todo o país. Formou gerações de cantores. Como esta obra, além de nunca ter sido feita no RS, é o sonho da Gisa, nada mais justo do que fazer uma homenagem a ela neste momento”, explica Biasibetti. “Ver essa obra tão grandiosa realizada por este grupo que eu amo e nas mãos do meu querido e competentíssimo maestro Diego Biasibetti é uma honra que vou levar para sempre no meu coração”, comemora Gisa.
Escrita em latim, a Missa em Si Menor é composta pelas cinco partes da missa católica tradicional: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. Bach (1685-1750) começou a escrevê-la em 1733 e só terminou 15 anos depois. Era tão longa – cerca de duas horas – que não pode ser apresentada integralmente enquanto o compositor viveu. Mas logo se consagrou como a principal missa dentre as cinco compostas por Bach e um dos pontos altos não apenas do seu catálogo, como da história da música ocidental.
Uma hora antes da apresentação, na palestra Notas de Concerto, o jornalista Milton Ribeiro convida o público a mergulhar na história da Missa. O encontro acontece na Sala de Recitais e tem transmissão ao vivo pelo YouTube, assim como o concerto. Ribeiro explica por que Bach dedicou um empenho extraordinário à composição: “Bach estava pleiteando uma posição junto ao Rei católico de Dresden, Augusto III, e desejava demonstrar toda a sua capacidade. Dresden era a melhor corte musical da Europa, repleta de Vivaldis, dinheiro e bons compositores”.
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