Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2017
A Netflix divulgou nesta quarta-feira (13) que não houve vazamento de senhas dos usuários da sua plataforma. A resposta da empresa acontece após informações circularem na internet que mais de 1,4 bilhões de senhas de usuários de empresas de tecnologia, como a Netflix, foram exibidos na ‘Deep Web’, área da web que não é indexada por mecanismos de busca padrão, como o Google.
Em nota, a empresa diz que não tem conhecimento de comprometimento dos sistemas que tenha expostos os dados dos assinantes. “Nossa equipe de segurança implementa uma variedade de medidas para proteger nossos assinantes, incluindo o monitoramento de vários sites que oferecem credenciais obtidas ilicitamente, por meio do roubo de nome de usuários e senha. Quando isso ocorre, o time de segurança da Netflix notifica proativamente os usuários de forma individual para que alterem suas senhas se atividades suspeitas são detectadas.”
A empresa fala ainda que é possível o vazamento de dados devido a uma falha de violação de credenciais de outros serviços. “Se um assinante da Netflix usa o mesmo nome de usuário e senha em outro serviço, um ladrão de dados que obteve esses dados poderá também acessar sua conta da Netflix”, diz.
Entenda o caso
Na terça-feira (12) começaram a circular informações de que hackers divulgaram um pacote de 1,4 bilhão de senhas de serviços como Netflix e LinkedIn, quando a empresa norte-americana de segurança digital, 4iQ, publicou um texto em seu blog que alertava sobre ter encontrado as senhas.
Segundo a empresa, o arquivo com as senhas foi encontrado na Deep Web no último dia 5 e atualizado pela última vez no dia 29 de setembro. Contudo, segundo apurou o Estado, a 4iQ não citava nominalmente que haviam senhas de usuários da Netflix neste pacote.
“Nenhuma das senhas está criptografada. E o que é mais assustador é que nós testamos uma amostra dessas senhas e a maioria delas é verdadeira”, dizia a 4iQ na publicação ao confirmar que não havia rastros de identificação do dono do banco de dados roubado, apenas contas de carteiras de moedas virtuais bitcoin e dogecoing, para doação. O texto indicava ainda um site para o usuário verificar se a sua senha havia sido roubada.
Natal
A Netflix foi criticada por escrever um tuíte ridicularizando quem assistiu a um filme que ela mesma produziu, “O Príncipe de Natal”. “Às 53 pessoas que assistiram ‘O Príncipe do Natal’ todo dia nos últimos 18 dias: Quem machucou vocês?”, dizia a mensagem, postada no Twitter (em inglês) no último domingo.
O comentário foi chamado de “distópico” na rede social, e muitos afirmaram que a Netflix não poderia usar os dados de usuários para humilhá-los.
A empresa se defendeu e disse que se importa com a privacidade dos clientes. “A informação representa tendências de consumo generalizadas, não informações individualizadas, de pessoas específicas”, disse.
YouTube e as crianças
Se você está preocupado com o tipo de conteúdo que seus filhos veem ou têm acesso no YouTube, uma opção é ativar o Modo Restrito no navegador de internet que eles usam.
A plataforma de vídeos do google usa informações do título, descrição, metadados, avaliações e restrições de idade colocadas em cada vídeo para identificar conteúdo adulto e bloqueá-lo. Só tome cuidado, pois é necessário ativar a opção em todos os navegadores do computador.