Por Redação O Sul | 24 de abril de 2025
Com estreia prevista para 1 de maio em todo Brasil, o filme “Homem com H” foi exibido em uma sessão de convidados em São Paulo na última quarta-feira, dia 23. Além do elenco, o grande homenageado, Ney Matogrosso, se misturou ao público na sala de cinema. E, ao fim da sessão, sob aplausos do público, o cantor, de 83 anos, se emocionou.
Esta não foi a primeira vez que o artista assistiu ao filme. Convidado pelo diretor Esmir Filho, Ney acompanhou algumas gravações do longa. E se impactou com uma cena específica.
“Eu não me descontrolo, eu sou duro na queda. Mas me descontrolei quando fui ver as filmagens e era uma cena minha (feita pelo Jesuíta Barbosa) chegando ao Marco (ex-marido do artista, interpretado por Bruno Montaleone), ele doente, e eu chegando com o teste negativo. Eu vi essa cena, eles estavam tão convincentes que eu tive uma coisa dentro de mim”, confessou Ney.
O segundo impacto foi ao ver o filme pela primeira vez, sozinho. “Tive um descontrole”, confessou. O que o ajudou a manter a pose quando viu o longa ao lado de Jesuíta Barbosa. “Ali, eu já estava vacinado. E vi comendo pipoca”, brincou o cantor.
Além da exibição, a equipe e o elenco conversaram um pouco com o público. Ney disse que palpitou em alguns momentos e teve uma fala séria com Esmir Filho logo que soube que um filme sobre ele seria feito.
“Na primeira conversa que tive com ele (Esmir), eu falei: ‘as pessoas falam muita loucura, escrevem muita loucura sobre mim. E são muitas mentiras. Nesse filme não pode ter mentira. E fiquei satisfeito quando vi. Tudo é verdade, sem nenhum pudor de contar a minha vida com meu pai, minha família… Esse pudor não cabe”, entregou Ney.
O cantor lembra que leu 12 versões do roteiro em um processo bem colaborativo com Esmir. Ele revela que recebeu Jesuíta algumas vezes em sua casa, e que percebia que o ator passava muito tempo o observando.
“Ney me contou muitas histórias, mas também era bom perceber os silêncios do Ney. Tentamos trabalhar o personagem num lugar muito cheio de integridade”, destaca Jesuíta, que emagreceu 12 kg para dar vida ao artista.
Esmir destaca que Ney e Jesuíta exalam “o mesmo perfume”, como artistas muito semelhantes. A conexão foi tanta que o ator recebeu o apelido de “Jesuney” nas filmagens.
Ney brinca que está “velho demais” para reavaliar a própria vida, mas admite ter ficado impactado pelo filme:
“Quando vi pela primeira vez fiquei muito impactado. Não esperava, sou muito durão, mas cambaleei. Tem três livros sobre mim, mas ler é uma coisa, ver é outra coisa. Me descontrolei duas vezes com este filme, quando acompanhei as filmagens e quando assisti pela primeira vez. Depois assisti com o Jesuíta, mas já estava vacinado. Tava comendo pipoca enquanto todos choravam em minha volta.”
E falou sobre a longevidade da mãe: “Minha mãe está com 103 anos. Até os 100 ela cuidou do meu sítio, mas agora não funciona mais. Tem dias que já não me reconhece. Ela não tem condições de assistir ao filme.” As informações são dos jornais Extra e O Globo.
